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07/05/2020 às 16h35min - Atualizada em 07/05/2020 às 16h35min

"Minha pátria é a língua portuguesa"

Como já dizia Fernando Pessoa

Letícia Franck - Editado por Rafael Campos
Pixabay
No dia 05 de maio comemoramos o Dia Internacional da Língua Portuguesa, data criada em Cabo Verde no ano de 2009 e que contempla todos os países lusófonos (cuja língua materna é o português). Apesar de ser adotada por cerca de 230 milhões de pessoas, ser o oitavo idioma mais falado no planeta e estar presente em quatro continentes, o português é hoje a segunda língua de alguns países da África, da América, além de Macau e Goa. Seria o nosso inglês, se formos fazer um comparativo.

No entanto, onde chegou, o idioma sofreu algumas influências locais entre os diferentes povos, já que o Brasil é um país muito diverso e isso sem falar das culturas regionais. Do “uai” ao “tchê”, todos falam português. Existe ainda o velho e sabido comentário que não existe fala correta, mas escrita sim. Nesta mesma frase, há o velho dilema entre o que é certo ou não. Se a pessoa se fez entender, - em minha não tão importante assim - visão, ela se comunicou bem. E é exatamente nesse ponto que entram tantas variações da mesma língua.

Devido ao valor histórico e cultural, a língua portuguesa costuma ser lembrada principalmente em ambiente escolar, porém com a pandemia do novo coronavírus e todas as transformações que precisaram ocorrer na rotina dos alunos, ficou comemorado através de textos e recados. No final, esse deveria ser o sentido: a literatura brasileira também é o português no seu melhor estilo. "Ué, mas não existiam estilos diferentes?" Sim, mas infelizmente nem todo mundo tem acesso ao sistema educacional e, fora isso, ele não é nem de longe um exemplo a ser seguido. Quando um professor ganhar o prestígio de um jogador de futebol, a gente continua esse assunto.

Já que estamos falando de literatura, é bom lembrar que nesta mesma data nasceu José de Alencar (1829-1877), um dos maiores representantes da corrente literária indianista. É praticamente impossível citar clássicos sem falar de Alencar, além do mais, quem não ficou torcendo por Peri e Ceci em “O Guarani’? A rima foi desproposital, eu juro.

Mas este texto não! Escrever sobre essa data é muito mais que saudá-la, é reconhecê-la como nossa língua materna, como nossa voz num país onde querem nos calar.
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