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19/02/2021 às 10h16min - Atualizada em 19/02/2021 às 08h51min

Polícia encontra cenário de "Jogos Mortais" na casa de pedófilo

Ele irá responder pela Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990

Alaiza Nogueira - Editor: Ronerson Pinheiro
Homem preso tentou reproduzir cenário de Jogos Mortais - Foto: TV Em Tempo/SBT/Reprodução
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu um homem, de 29 anos, suspeito de armazenar e compartilhar vídeos pornográficos infantojuvenil. Ele foi encontrado na última sexta-feira (12) em uma casa na cidade de Planaltina, em Brasília, durante a operação Coleciona Dores.
Na casa, onde o homem vivia com a mãe, foram encontrados materiais relacionados à pornografia infantil em um HD externo. Segundo as autoridades, quem via a residência por fora, via uma casa normal. Por dentro, o imóvel estava completamente sujo e repleto de imitações de armadilhas.

A cena surpreendeu até mesmo o delegado Giancarlos Zuliane, chefe da Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC). Segundo Zuliane, “A residência é assustadora. A casa parecia um filme de horror”, conta o delegado. “Havia muito lixo e sujeira espalhados em diversos cômodos da casa e alguns objetos remetiam às armadilhas do filme Jogos Mortais, cujo objetivo era torturar vítimas, que deveriam sobreviver às torturas para escapar”, completa o investigador.

Um dos cômodos mais sujos que havia na casa é o banheiro. Nele, havia um computador colocado no chão, o teclado apoiado em cima do vaso sanitário e uma cadeira embaixo do chuveiro, o local ainda conta com uma inscrição na parede. Assim como no primeiro filme dos Jogos Mortais, que exibia a letra “X” no cômodo, na casa do pedófilo havia a escrita “HUGON”.

No quarto, os agentes encontraram uma cadeira pendurada de cabeça para baixo e cheia de fios enrolados em cima do colchão. No quarto filme da franquia de Jogos Mortais, um quarto também foi utilizado como armadilha para um homem que estuprava e filmava suas vítimas.

A polícia chegou até o suspeito, após as investigações levarem a uma série de rede de compartilhamento de gravações de conteúdo pornográfico envolvendo crianças. O homem confessou o crime e foi levado para o Centro de Detenção Provisória. Ele irá responder pela Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. “O crime tem pena de 1 a 4 anos de reclusão. Foi arbitrada fiança, a qual não foi recolhida, e o indivíduo será, então, encaminhado e ficará à disposição da Justiça”, informou o delegado Dario Freitas, da DRCC.


Editora-chefe: Lavínia Carvalho 

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