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02/03/2021 às 11h25min - Atualizada em 02/03/2021 às 11h15min

Por que a Covid-19 pode se tornar endêmica no Brasil, como a gripe

Especialistas acreditam que a Covid-19 se estenderá no Brasil pelo menos até 2022, devido à falta de controle da doença.

Gilcemara Gama - labdicasjornalismo.com
Pixabay
Após um ano da confirmação do primeiro caso de Covid 19 no Brasil, especialistas acreditam que a doença se estenderá no país pelo menos até 2022, devido à falta de controle do vírus, com a vacinação lenta e queda do cumprimento às medidas preventivas, aumentando a chance de a doença se tornar endêmica, como a gripe. Além disso, novas variantes do novo coronavírus vêm surgindo e se espalhando pelo país. 

Em entrevista ao G1, O médico Plínio Trabasso, da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, prevê que a epidemia de Covid-19 no Brasil vai longe, principalmente porque a vacinação não está sendo feita de maneira maciça, ampla e simultânea, o que impossibilita criar uma barreira imunológica à disseminação do vírus.

Mesmo com a vacinação, o novo coronavírus não deverá desaparecer pois, as vacinas mostram grande proteção para prevenir formas graves da doença, mas em alguns casos, elas não conseguem impedir a infeção com o vírus. A CoronaVac possui eficácia geral de 50,38%, índice de 78% para prevenção de casos leves de coronavírus e o de 100% para casos moderados e graves da doença.

Para combater ao coronavírus, além do início da vacinação, recomendasse lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool em gel e cobrir a boca com o antebraço quando tossir, ou espirrar (ou utilize um lenço descartável e, após tossir/espirrar, jogue-o no lixo e lave as mãos). É importante manter-se a pelo menos 1 metro de distância das outras pessoas, além do uso de uma máscara. Essas medidas de proteção funcionam inclusive contra as novas variantes identificadas até o momento.

O processo de mutação é natural na história biológica de qualquer vírus, as variantes do coronavírus já foram encontradas em locais como Reino Unido, Japão, África do Sul e Brasil, e colocam em dúvida a eficácia das vacinas, além de gerar outras dúvidas na população.

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