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17/03/2021 às 09h10min - Atualizada em 17/03/2021 às 09h15min

As críticas reais por trás do filme " Eu me Importo"

A comédia da Netflix aborda temas polêmicos e faz refletir sobre a exploração de idosos a favor do capital

Mariana Tabatiano - Editado por Fernanda Simplicio
Fonte: Netflix / reprodução: Google

O Filme " Eu me Importo" pode até parecer um universo paralelo ou uma espécie de existência alternativa, mas a verdade é que o novo filme lançado na plataforma de streaming Netflix se baseia em um contexto real das facetas das políticas sociais dos Estados Unidos. A estrutura de I Care a Lot (título original) é quase que inteiramente pensada a partir do absurdo do Estado a serviço das empresas privadas. O longa foi indicado na categoria Melhor Atriz em Filme de Musical ou Comédia no Globo de Ouro 2021.

É difícil se divertir com uma história tão cruel que parte dos fatos terríveis e reais sobre os maus tratos a idosos, mas o roteirista e diretor J Blakeson, também responsável pelo filme O Desaparecimento de Alice Creed, lançado em 2009, The 5th Wave, Bloedlink, entre outros, consegue desviar a atenção do público com uma boa dose de comédia e suspense durante as cenas, tentando expor o quão ridículo é toda a situação e, aos poucos, vai fermentando uma repulsa no trabalho feito pela curadora Marla Grayson, interpretada pela atriz Rosamund Pike.


Além de Pike, o elenco de Eu Me Importo conta com outros nomes de destaque como: Dianne Weist (Edward Mãos de Tesoura) que vive uma senhora nada inofensiva e Peter Dinklage (Game of Thrones) interpretando um mafioso.




Dona de um negócio lucrativo e totalmente legal, Marla é curadora de idosos apontada pela justiça, o trabalho dela é tomar conta da saúde física, mental e financeira de seus clientes. Junto com sua parceira e namorada, Fran, interpretada pela atriz mexicana Eiza González, ela tem todo um esquema para fazer com que os idosos caiam nas suas garras, para então ficar com todo o dinheiro que eles têm. Com a ajuda de uma médica geriatra, a doutora Amos, papel de Alicia Witt, Marla toma conhecimento de idosos com um bom patrimônio e algum sinal de demência, por menor que seja, e parte para o ataque.

Marla Grayson foi construída a partir dos mesmos códigos que fizeram a atriz impressionar o mundo no incrível Garota Exemplar, filme lançado em 2014. A personagem é dura, rígida, implacável, sem nenhuma compaixão ou empatia pelos idosos que ela trancafia em asilos depois de roubá-los. O roteiro de Blakeson, entretanto, não está interessado nos desdobramentos disso ou em politizar a narrativa. O diretor sabe exatamente a história que deseja contar e como usar todos os elementos à disposição, como peças de uma estrutura dramatúrgica que não tem a pretensão de ser complexa e sim eficiente.


REFERÊNCIAS:
FELIX SIHAN. FATE: Crítica| Eu me Importo atira no alvo e acerta embaixo. CANALTECH, 2021. Disponível em < https://canaltech.com.br/entretenimento/critica-eu-me-importo-netflix-179299/ >  Acesso em: 08 de Março de 2021.


VIANNA KATIÚSCIA. FATE: Eu me Importo: Saiba tudo sobre o novo filme da Netflix indicado ao Globo de ouro 2021 . ADORO CINEMA, 2021 Disponível  em < http://www.adorocinema.com/noticias/filmes/noticia-157625> Acesso em: 08 de Março de 2021.


PALOPOLI YGOR. FATE: Eu me Importo: conheça as histórias reais por trás do filme da Netflix. ADORO CINEMA, 2021 Disponícel em < http://www.adorocinema.com/noticias/filmes/noticia-157650/ > Acesso em: 08 de Março de 2021.
 


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