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09/08/2021 às 13h29min - Atualizada em 09/08/2021 às 10h51min

Na busca pela igualdade, modelos transexuais quebram barreiras do preconceito no mundo da moda

Aos poucos, a presença de modelos transexuais vem se tornando realidade e ocupando espaços.

Laís Rodrigues - Editado por Larissa Barros
Reprodução / Instagram / @leat

Pensar em mulheres transexuais nas passarelas e no mundo da moda poderia parecer impossível há alguns anos, por haver uma carga de preconceito muito grande. Atualmente, ainda que com poucos representantes, a presença trans tem se tornado realidade. As barreiras estão sendo quebradas por meio de lutas, para que elas consigam ser reconhecidas, assim como outras mulheres. 
 
Nos anos 60, após um jornal britânico revelar a vida íntima da modelo da Vogue, April Ashley, afirmando ao público de que era transsexual, ela não conseguiu encontrar mais trabalhos no país. Por esse medo, muitas profissionais chegaram a se esconder por um tempo, como foi o caso da também modelo Tracey Africa Norman.
 
No Brasil, Roberta Close foi a primeira modelo transgênero/transexual a estampar a capa da Playboy, em 1983. Mas, em todo editorial não havia fotos suas completamente nua. Isso aconteceu apenas em 1990, após realizar a cirurgia. Desde 2010, a pauta trans tem ganhado evidência no mundo da moda, o que tem permitido o surgimento de mais oportunidades voltadas a este público. 

Por muitos anos, a modelo brasileira Lea T, 40 anos, filha do ex-jogador e treinador de futebol Toninho Cerezo, afirmou que tentou esconder sua identidade, durante esse caminho o ativismo tornou-se parte de sua vida. Para ela, compartilhar com o mundo quem realmente somos seria melhor para todos, pois, muitas meninas queriam estar no mesmo lugar. Desde então ela tem deixado sua marca pelo mundo, participando de ONGs, e como estilista. 

 

Outra modelo que ganhou espaço na indústria da moda é a Valentina Sampaio, que passou a ser uma das profissionais mais cotadas do São Paulo Fashion Week (SPFW), após estampar uma edição da  Vogue em dezembro/2017. Ela também marcou presença no desfile tradicional da Victoria 's Secrets, depois da marca ter recebido fortes críticas por causa da falta de diversidade, o que acabou ocasionando o fim do desfile anual. 
 
Como as oportunidades e os conselhos para discutir a presença transsexual na moda ainda são escassos, o programa Born To Fashion ganhou relevância por se tratar de um reality show que mostra os desafios das modelos trans durante a carreira. Ele conta com a apresentação da modelo Laís Ribeiro, dos especialistas André Veloso, da estilista Lila Colzani e da roteirista e atriz, Alice Marcone. 
 
De acordo com a Bacharel de Moda, Júlia Reis, projetos como Born to Fashion acabam possibilitando que haja um aumento da aceitação da diversidade nessa indústria. 

“Acredito que se ainda houver mais projetos como Born to Fashion que trouxe mulheres trans incríveis com belezas singulares e reais, e também podendo citar a Casa de Criadores que propõe muitas oportunidades com muitos talentos e trabalhos magníficos! Pois assim, é possível fazer muito network e ter grandes visibilidade”, afirmou. 


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