26/03/2021 às 10h10min - Atualizada em 26/03/2021 às 09h56min
Capacete Elmo: a importância das universidades brasileiras no combate ao coronavírus
Rogeslane Santos - Editado por: Celine Almeida
Kid Júnior O capacete de respiração assistida, Capacete Elmo, foi idealizado em um cenário de crise na saúde e pela necessidade de criar alternativas ao uso de ventiladores mecânicos. O aparelho foi desenvolvido ainda em 2020 por instituições cearenses, incluindo a Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade de Fortaleza (UNIFOR) e Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE), entre outras, e comprova o impacto do ensino superior brasileiro no cenário de pandemia que assola toda a sociedade.
Testes clínicos comprovaram que o uso do equipamento diminui em 60% a necessidade de internação, de pacientes com quadro moderado e início de grave da doença, em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O funcionamento do Elmo é simples: o aparelho é encaixado no pescoço do paciente e oferece oxigênio em uma determinada pressão que auxilia a respiração, não havendo necessidade de intubação. Ele pode ser desinfectado e reutilizável, também é indicado para auxiliar em tratamentos de outras doenças que envolvem a atividade pulmonar.
Em fevereiro, 40 capacetes foram enviados a Manaus, distribuídos entre dez hospitais junto com três instrutoras cearenses para capacitar profissionais de saúde e habilitá-los a usar o dispositivo.
“O Capacete Elmo é uma criação genuinamente brasileira. Foi inventado, foi criado por pesquisadores do Ceará, e agora estamos sendo contemplados no Amazonas, com o recebimento, na rede pública, de algumas unidades”, disse a fisioterapeuta da maternidade Ana Braga, Joelma Barbosa, ao portal G1.
Nesta terça-feira (23), duas profissionais também embarcaram para São Luís do Maranhão com o propósito de ensinar a utilizar o equipamento. O objetivo do treinamento é instruir para que os aprendizes se tornem multiplicadores e possam capacitar outros profissionais
