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28/03/2021 às 08h36min - Atualizada em 28/03/2021 às 08h36min

Governo Federal compra e distribui máscaras consideradas impróprias para profissionais da saúde

Alguns dos equipamentos possuíam a informação ‘non-medical’ (não medicinal)

Gabriel Almeida - Editado por Manoel Paulo
Foto: Divulgação
Consideradas impróprias pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, 40 milhões de máscaras do tipo KN95 foram compradas da China sem licitação e distribuídas pelo Ministério da Saúde para o uso hospitalar desde abril do ano passado. O valor gasto pelo ministério foi de 358,3 milhões de reais.

Esse tipo de equipamento foi considerado impróprio para o uso em ambientes hospitalares pela Anvisa. Segundo a agência, as máscaras "encontram-se com medida sanitária válida de suspensão de comercialização, distribuição e importação para uso em serviços de saúde uma vez que os respiradores falharam em demonstrar a eficiência de filtração mínima requerida".
 
Estados Rejeitam
 
Estados que receberam as máscaras do tipo KN95 se recusaram a distribuí-las aos servidores da saúde. É o caso do Governo do Rio Grande do Norte, que recebeu 400 mil máscaras desse tipo e foi o primeiro a denunciar o caso. Já o Distrito Federal optou por fornecê-las a servidores das áreas administrativas.
 
Governo Federal Não Recua
 
As máscaras impróprias foram distribuídas entre julho e dezembro de 2020 aos Estados da União. Mesmo diante da recusa dos governadores, o Ministério da Saúde se recusou a recolher e substituir os equipamentos.
 
Em resposta ao Ministério Público Federal – MPF, Saúde disse que a empresa fornecedora, Global Base Development HK Limited, provou por meio de testes a eficiência de filtragem das máscaras. Afirmou ainda que o material é útil em casos não cirúrgicos.
 
Está instaurada investigação pelo MPF desde três de fevereiro.
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