No ano de 2020, o Brasil foi o país que mais registrou vítimas de golpes cibernéticos, segundo a empresa de segurança Kaspersky. A tentativa de roubar dados pessoais ou financeiros através de links ou anúncios pela internet, conhecida, em inglês, como phishing, fez com que 19,9% dos internautas tenham tentado pelo menos uma vez abrir links inadequados.
Dentre as técnicas mais comuns usadas pelos golpistas, é a de se passar por funcionários de grandes empresas e mandar promoções falsas por e-mail e WhatsApp. Os criminosos fingem trabalhar para lojas online como a Amazon e pedem à pessoa que entre em contato com as áreas de atendimento ao cliente ou suporte para roubar dados pessoais.
Outra forma é enviar anúncios de produtos com preços mais baratos e de marcas expressivas, fazendo com que a vítima seja redirecionada para um site muito semelhante ao original e coloque todos seus dados para comprar o produto. Nesse tipo de golpe, a quadrilha está mais interessada em conseguir senhas e informações sigilosas do que dinheiro, pois, assim, é possível aplicar mais golpes ainda.
Pandemia aumentou golpes
Com o avanço da pandemia, os golpistas tiveram um novo leque de opções. Eles se passam por funcionários do Ministério da Saúde e atendentes do SUS para realizar pesquisas sobre a covid-19 ou agendar vacinação. Normalmente, são requisitados seis números enviados por SMS para confirmação do ato, que representam o código de ativação da dupla autenticação do WhatsApp. Dessa forma, os golpistas conseguem acessar a rede social da vítima através do computador e tentam conseguir dinheiro por meio dos contatos.
Caso a dupla autenticação já esteja ativada, os bandidos passam para o plano B: entram em contato se passando pelo suporte do WhatsApp e induzem a vítima a realizar o cadastro da autenticação em dois estágios através do e-mail, sob a justificativa de atividade suspeita na rede. A ideia é fazer com que a pessoa crie uma nova senha ao ativar a função novamente e, assim, consigam finalizar o roubo.
Cuidados necessários
Segundo a Kaspersky, é essencial que a verificação em duas etapas do WhatsApp esteja ativada. O recurso de segurança do aplicativo é fácil de ser acionado e pode proteger os dados dos ataques de hackers.
O Ministério da Saúde já informou que não faz agendamentos de vacinação, não pede dados pessoais e nem envia qualquer tipo de código aos usuários do SUS. O ideal, caso perceba a tentativa de golpe, é não fornecer informações e, em sequência, informar à Polícia Civil, para que seja investigado.