Dudu, um dos principais nomes do Palmeiras nos últimos anos (Foto: César Greco/Agência Palmeiras)O jogo que garantiu a partida de número 30 de invencibilidade do Palmeiras em Campeonatos Brasileiros desde 2018, foi mais uma demonstração do time montado por Felipão, que se não é o mais vistoso do Brasil, certamente é o mais sólido.
Contra a Chapecoense no último domingo, Felipão montou o Verdão no tradicional 4-2-3-1, com Zé Rafael e Dudu nas extremidades e com mais uma chance ao meia Lucas Lima.
Já a Chapecoense começou com um 4-3-3, com muitas dificuldades na criação, já que possuía uma dupla de volantes que pouco cria, com Elicarlos e Márcio Araújo.
Até os 15 minutos da primeira etapa, o time da casa tentou pressionar, principalmente com as estocadas de Rildo na ponta esquerda do ataque catarinense. O abafa inicial parecia ter surtido efeito, com o gol do mesmo Rildo aos 12 minutos. Entretanto, o VAR entrou em ação e deu impedimento em um lance que só a tecnologia poderia dirimir as dúvidas.
Depois disso, o jogo teve um momento de estudos, sem que um dos times conseguisse se impor ao rival.
Contudo, o jogo começou a mudar em favor do Palmeiras, quando Lucas Lima se tornou mais participativo. O meia se movimentou e ajudou Dudu e Zé Rafael na criação de jogadas ofensivas.
Em uma jogada com participação de Deyverson e Zé Rafael, Dudu ficou na cara do goleiro Tiepo e bateu bonito de esquerda para fazer o primeiro gol da partida.
Só que a reação da Chapecoense não demorou. Com auxílio do VAR, o time catarinense teve um pênalti corretamente marcado a seu favor. Na cobrança, Everaldo bateu e empatou o jogo. Foi apenas o segundo gol sofrido pelo Palmeiras no Campeonato.
Ainda no primeiro tempo, Marcos Rocha fez um golaço e colocou os paulistas na frente. O gol deu números finais à partida e colocou o Palmeiras ainda mais favorito ao 11º título brasileiro de sua história.
Do ponto de vista tático algumas coisas saltam aos olhos quando se observa esse Palmeiras. Primeiro ponto é que raramente o time é pego de surpresa em contra-ataques. Isso é possível graças à organização que Felipão impõe ao time. Os dois laterais não atacam ao mesmo tempo e dificilmente os dois volantes chegam juntos à frente. Bruno Henrique tem mais liberdade e o pitbull Felipe Melo protege a dupla de zagueiros, que na maioria das vezes, principalmente com Gustavo Gómez, conseguem destruir as jogadas adversárias que podem ameaçar o goleiro Weverton.
Fica cada vez mais difícil enxergar times que podem ser mais sólidos e constantes que esse Palmeiras. É necessário bater palmas para Felipão, que não quer novamente inventar a roda, mas naquilo que se propõe a fazer é extremamente eficiente.
A Chapecoense até tentou fazer frente ao Palmeiras, mas esbarrou na diferença técnica entre os elencos. A boa notícia para o torcedor catarinense é a volta do meia Camilo, que já teve boa passagem pelo Verdão do Oeste e pode agregar muito tecnicamente ao time comandado por Ney Franco.
A próxima partida do atual campeão brasileiro é neste sábado (08) contra o Athletico-PR, no Allianz Parque. Já a Chape encara o Goiás na próxima segunda-feira (10), fora de casa.
