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22/09/2021 às 10h16min - Atualizada em 31/07/2021 às 15h06min

Um tour sobre a moda nas Olimpíadas de Tóquio 2021

Grifes, multas e manifestações marcaram presença na moda olímpica

Larissa Varjão - Editado por Dani Barros
Reprodução\ Instagram (@toquio2021aovivo)
As Olimpíadas de Tóquio 2020, que começaram em 23 de julho e terminaram em 8 de agosto, apresentaram não só atletas e suas habilidades, como também os trajes usados pelos esportistas. As roupas que acabaram chamando atenção foram assinados por grandes marcas como Giorgio Armani, Ralph Lauren e Lacoste.
  
Giorgio Armani, que já havia assinado vários uniformes olímpicos, não ficou de fora, sendo responsável pelos trajes dos deportistas italianos. O estilista usou as cores da Itália, em uma forma circular para  homenagear a bandeira do Japão. 

 


Ralph Lauren também marcou presença assinando as roupas oficiais dos americanos, mas, neste ano dividiu espaço com a marca de lingerie e roupas confortáveis de Kim Kardashian a grife Skims utilizada pelo time feminino norte-americano para as Olimpíadas de Tóquio e também para os Jogos Paralímpicos.
 

 
Lacoste assina os uniformes franceses, Ben Sherman assina os uniformes da Grã-Bretanha e Aoki, uma das maiores varejistas de moda no Japão veste os japoneses. Os atletas brasileiros escolheram uniformes da chinesa Peak Sports, já os trajes casuais, utilizados no tempo livre, são da Riachuelo. Lembrando que as Havaianas também marcaram presença na abertura dos jogos.
 

 
A Nike aproveitou a inclusão de Skate nas Olimpíadas para lançar quatro modelos Dunks da linha SB e uniformes desenvolvidos com o designer e skatista holandês Piet Parra. Os calçados usados por Rayssa Leal, (nossa medalhista de prata), e pela belga Lore Bruggeman foram alguns dos mais comentados pelos internautas, conforme a Glamour. O da Rayssa é o modelo Nike SB Shane e da Lore é o Nike SB Blazer Mid “Michigan”.
 

Os trajes olímpicos, além da visibilidade da marca, podem trazer polêmicas e manifestações importantes nos dia de hoje
 
A seleção norueguesa feminina de handebol na praia foi multada pela Comissão de Disciplina da Associação Europeia de Handebol porque suas atletas usaram top e short em vez do biquíni regulamentar na competição. Como poderiam ser desclassificadas por isso, elas decidiram jogar com o uniforme oficial. Na foto com seus companheiros da equipe masculina, elas usam biquíni enquanto eles usam camiseta sem manga e short no meio da coxa.

 
As ginastas também entram no quesito moda nas Olimpíadas com seus trajes enfeitados de brilhos, laços e que contam a seguinte história: de acordo com o site El País, em 1978, uma professora estadunidense de Educação Física e Fisioterapia chamada Emily Wughalter batizou esse fenômeno de “the female apologetic” ( “o pedido de desculpas feminino”). Ela argumentou que todos esses elementos teriam sido implementados para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios”, segundo Wughalter.
 
Porém, nesta edição, as atletas passaram um recado importante. Segundo a CNN Brasil, o time feminino da Alemanha marcou posição e fez história ao guardar no armário os tradicionais collants e substituí-los por macacões até o tornozelo nas eliminatórias das Olimpíadas de 2020, com o objetivo de combater a sexualização do corpo das mulheres.
 

 


Diante disso, é fato que as Olimpíadas não se tratam só de habilidades e talentos, mas também de sentimentos, cultura e principalmente pessoas. A roupa também cumpriu múltiplas funções na competição, além do conforto para que os atletas pudessem ter um bom desempenho, os trajes representaram os valores e ideias de cada país.
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