Desbloquear a tela do celular, pedir para Alexa aquela playlist favorita - com as melhores do Tim Maia - acessar sua conta bancária no caixa eletrônico, todas essas ações possuem uma coisa em comum: dados biométricos. Caracterizados como aspectos físicos ou comportamentais de identificação exclusiva - ou seja, no mundo inteiro, só você possui olhos tão lindos assim, risos - os dados biométricos têm tomado espaços antes ocupados pelas senhas de acesso tradicionais, ou até mesmo para pagamentos.
Numa iniciativa proposta pela Amazon, big tech do mercado, todos os clientes que comparecessem em suas lojas físicas e cadastrassem sua biometria da mão nos bancos de dados da empresa, garantiriam $10 - atualmente cerca de R$50,00 - para utilização em produtos da própria empresa. Essas informações altamente particulares e privadas, após serem autorizadas por seus detentores, ficaram armazenadas no Amazon One, onde segundo a empresa, seriam utilizadas para facilitar e inovar os atuais métodos de pagamento.
Mesmo esclarecendo para que os dados que fazem parte de iniciativa seriam utilizados - seguindo um dos critérios defendidos pela Lei Geral de Proteção de Dados, LGPD - ainda existem discussões éticas sobre a oferta de “benefícios” para quem ceda seus dados, em um serviço que poderia facilmente ser anulado pela pré- existência de métodos mais úteis, como cartões com aproximação.