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17/08/2021 às 12h36min - Atualizada em 14/08/2021 às 13h12min

Brasil cai no ranking da WHR

Será que somos infelizes?

Daniel Souza Lopes - Editado por Ynara Mattos
Felicidade. Foto: Autor desconhecido
O Brasil e sua posição no World Happiness Report
 
Em 2011, a ONU (Organização das Nações Unidas), após a bem-sucedida experiência no Butão, desenvolveu um projeto para mensurar a felicidade da população da Sociedade Mundial. Para isso criou, através da resolução 65/309, o World Happiness Report (WHR), convidando os países membros a medir anualmente a felicidade de sua população. O FIB (Felicidade Interna Bruta) é uma alternativa adotada pelo Butão, que abandou a mensuração de seu país pelo PIB (Produto Interno Bruto), medida econômica convencional. O Brasil ocupou, em 2016, o 17º lugar no ranking. Desde então, vem caindo até ocupar o 35º lugar em 2020.




Generosidade, corrupção, liberdade para fazer escolhas, saúde física e mental são alguns fatores que influenciam a posição no ranking do programa. Entretanto, a saúde e a riqueza (prosperidade) são os principais fatores para mensurar a felicidade da população, de acordo com o WHR. Estes fatores são traduzidos como “acesso da população à saúde” e “emprego formal”. Em 2021, o Brasil apresentou uma alta taxa de desemprego e atualmente é o 2º país com maior número de mortes pela Covid, ficando atrás apenas dos EUA.
 
O fator desemprego

Em 2016, O Brasil tinha em média 11,76 milhões de desempregados. Este número subiu para 14,8 milhões em março de 2021. Segundo o IBGE, esta foi a segunda maior taxa de desemprego da série histórica, iniciada em 2012, mesmo ano em que a ONU começou o programa WHR. Esses dados revelam que a pandemia do novo coronavírus ajudou a aumentar o número de desempregados no Brasil, já que em 2019, ano anterior ao início da pandemia, havia 12,6 milhões de desempregados.



De acordo com Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), com o aumento da vacinação contra a covid-19, a economia do país deve melhorar nos próximos meses e, consequentemente, as taxas de desemprego devem ter alguma recuperação já no segundo semestre de 2021. Porém, a recuperação real deve ser vista apenas em 2022. Segundo um levantamento da agência classificadora de risco Austin Rating, o Brasil deve ocupar o 14º lugar com a maior taxa de desemprego no mundo em 2021.


 

“No Brasil, o emprego não é a prioridade do atual governo, tanto é que não está no centro do debate econômico. O governo federal acredita que o mercado vai solucionar o problema sozinho. A tese deles é de que basta crescer para gerar empregos”, criticou, em entrevista a Glauco Faria, no Jornal Brasil Atual.


O fator pandemia

A pandemia do coronavírus é outra condição para a atual posição do Brasil no ranking da WHR. Desde o início da pandemia em 2020, mais de 550 mil pessoas morreram em decorrência da doença. O Brasil ocupa atualmente a 3ª posição em número de casos e é o 2º em número de mortes, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Em janeiro de 2021, o Brasil começou o programa de vacinação, o que pode significar uma posição melhor do país no relatório de 2022.
 
O WHR na América do Sul
 
O Brasil ocupa, em 2021, o 2º lugar como país mais feliz da América do Sul, conforme o FIB, ficando atrás apenas do Uruguai. A Venezuela, atualmente, está na última posição no FIB regional e é o 107º no ranking mundial.


 
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