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27/10/2021 às 01h31min - Atualizada em 27/10/2021 às 01h05min

Em live, Bolsonaro diz que vacinados da covid-19 contraem AIDS, plataformas excluem o vídeo

Em sua live semanal, o presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) divulgou um estudo através de um portal sensacionalista que dizia que vacinados da covid contraíram AIDS após duas doses do imunizante.

Rafael Cruz - Editado por Manoel Paulo
Bolsonaro em sua recente live semanal. Reprodução: Facebook.
Em 21 de outubro, o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), em sua live semanal afirmou que a vacina da covid-19 causava o vírus imunodeficiência humana, a AIDS. A fala do líder causou indignação não só a especialistas como também a usuários de redes sociais.
 
Na live,o presidente portava de um material impresso de uma matéria postada por um portal não confiável do Reino Unido, onde dizia que vacinados da covid-19 estariam pegando o vírus da AIDS, o que não ocorre na realidade. Após a leitura do documento, o presidente não entrou em detalhes pois disse que não queria "causar problemas em sua live"
 
Outra coisa grave aqui, só vou dar a notícia, não vou comentar, já falei sobre isso no passado e apanhei muito. Relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados, quem são os totalmente vacinados? Aqueles que depois da segunda dose, 15 dias depois após a primeira dose… estão desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência muito mais rápido que o previsto”, disse.
 
Não demorou muito para que as pessoas pudessem se manifestar sobre a falsa afirmação de Bolsonaro. Diversas entidades de medicinas, cientistas, figuras políticas e usuários de redes sociais se opuseram a fala do presidente.
 
Havendo isso, a plataforma onde foi realizada a live, que no caso, o Facebook, excluiu o conteúdo publicado no perfil do presidente. O Instagram, que faz parte do mesmo grupo empresarial do Facebook, também removeu a live. A empresa informou em nota dizendo que as políticas não permitem alegações de que as vacinas contra o coronavírus matam ou podem causar danos graves às pessoas.
 
Na tarde de segunda-feira (25), o YouTube removeu a live da própria plataforma. Em nota, a empresa afirma: “As nossas diretrizes estão de acordo com a orientação das autoridades de saúde locais e globais, e atualizamos as nossas políticas à medida que a orientação muda. Aplicamos as nossas políticas de forma consistente em toda a plataforma, independentemente de quem for o criador ou qual a sua opinião política”.
 
Além da remoção, Bolsonaro e sua equipe não poderão publicar vídeos na plataforma por uma semana. Será possível visitar a conta dele mas as publicações estão suspensas neste período. O YouTube advertiu que, caso o presidente volte a ditar fake news, o tempo de suspensão aumentará. 

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