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07/11/2021 às 22h08min - Atualizada em 07/11/2021 às 21h59min

PRESIDENTE DO PERU ANUNCIA RENÚNCIA DO PRIMEIRO-MINISTRO

Atitude do presidente ressalta mudança de postura

Elizabeth Vilanova de Lima - labdicasjornalismo.com
https://www.google.com/amp/s/brasil.elpais.com/internacional/2021-10-07/pedro-castillo-demite-primeiro-ministro-e-se-afasta-de-ala-radical.html%3foutputType=amp
https://www.causaoperaria.org.br/rede/internacionalismo/america-latina/pedro-castillo-consegue-aprovacao-de-primeiro-ministro-no-peru/

No dia 06 de outubro o presidente do Peru, Pedro Castillo anunciou a renúncia do primeiro-ministro, Guido Bellido. A decisão foi tomada em razão dos inúmeros conflitos ocasionados pelo primeiro-ministro, desde que chegou ao cargo em julho desse ano.

Os atritos que levaram a renúncia do primeiro-ministro se devem a seu forte apoio ao líder da esquerda radica e do partido, Peru Libre, Vladimir Cerrón. E incluem apoio ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em que Bellido convidou publicamente o ministro das Relações exteriores, Oscar Maurtua a renunciar. Martua havia declarado não reconhecer autoridade legítima na Venezuela, o que contraria Vladimir Cerrón. O ponto mais alto ocorreu poucos dias antes da renúncia quando o primeiro-ministro ameaçou via Twitter nacionalizar fontes de gás no país, o que pôs Em cheque acordos entre o presidente e os Estados Unidos.

 

Nomeação difícil

Desde o anúncio, o nome de Guido foi cercado de críticas por sua postura radical. O anúncio, feito em julho desse ano, fez a moeda local, o Sol, cair 7%. Sua aproximação com Cerrón e tom agressivo preocupavam analistas e criava ainda mais pressão por parte do partido de direita, o Ação Popular que preside o congresso nacional.

 

Entrevista

Na última semana pude conversar com dois moradores do distrito de San Miguel, em Lima, capital Peruana. A professora Ximena Aguila e seu pai Alex Aguila contaram como a população enxerga essas questões políticas desde a eleição e o que esperam para o futuro do governo Castillo.

A  professora Ximena Aguila ainda comenta sobre demissão do primeiro-ministro, se era algo esperado..

O presidente optou por destituí-lo, pois ele era muito conflituoso e radical, naquele momento, então eles nunca chegaram a um acordo com as ideias dele, o presidente pensava de um jeito e ele pensava de outra, e esses eram os problemas que eles tinham e as pessoas perceberam esse confrontos e os confrontos ocorridos no Congresso da República.

Como a demissão foi vista pela mídia nacional? Ximena responde:

 O partido do presidente é de esquerda radical e o outro partido é de direita com Keiko Fujimori. Os meios de comunicação têm interesses políticos e por isso não queriam que Pedro Castillo ganhasse, com a demissão do antigo primeiro ministro, agora o povo peruano está feliz e a imprensa também. O povo peruano decide votar nas melhores propostas que os candidatos apresentam, mas quando o presidente já está no poder, não cumpre as promessas que manda, e no final o povo acaba desiludido, Geralmente os presidente que ascendem ao poder roubam e cometem atos de corrupção. Infelizmente em nosso país o crime esta pior cada dia, matam por um celular, lamentávelmente sentimos que nosso país é terra de ninguém.

Como os membros da esquerda, sobretudo os eleitores se portam?

Ximena Aguila- Há conversas para dar um voto de confiança ao gabinete, a atual ministra (Mirtha Vásquez, empossada no dia 09/10) está levando as coisas com mais calma, ao contrário de Guido Bellido.

A população espera um governo tranquilo, sem muita polarização entre os dois lados? Aguila comenta.

 Aqui no Peru entre a população não existe uma ideologia política radical, só votamos na melhor proposta que achamos pertinente, os partidos políticos só buscam seus interesses, as pessoas estão sempre decepcionadas com os líderes de nosso país. Geralmente, no nosso país existem muitas burocracias para conseguir o minímo a qual o povo necessita que no caso seriam a educação, sáude e segurança.

 

Moderação

A diminuição do tom adotado pelo presidente Castillo, que se mostrava muito mais combativo durante as eleições, incomodou os líderes do partido Peru Libre e levou Vladimir Cerrón a divulgar uma nota afirmando “virada política inegável do governo e seu gabinete para a centro-direita” e criticando a influência da esquerda progressista, a quem se referiu como “representantes caviar”.

O presidente afirma seguir comprometido com as questões sociais, mas se mostra mais disposto a manter a tranquilidade no país e a idoneidade nos poderes, como dito em pronunciamento recente;

“O equilíbrio de poderes é a ponte entre a lei e a democracia. Votos de confiança, audiências no congresso e moções de censura não devem ser usadas para gerar instabilidade política.”

Toda essa diplomacia por parte do presidente é benéfica para a governabilidade do país, mas a cisão com o partido pode prejudicar se não for resolvida. Mas como sabemos existe uma população preocupada com assuntos muito mais importantes e urgentes do que brigas por poder e ideologias. Espera que essa população seja a verdadeira prioridade dos governantes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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