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19/11/2021 às 22h57min - Atualizada em 19/11/2021 às 22h52min

Crônica: Representatividade na literatura importa!

Fernando Azevêdo - Editado por Larissa Bispo
Foto: Reprodução/Guia Gay BH
 

    Pensando aqui… Eu só tenho 22 anos, mas já devo ter lido algumas centenas de romancezinhos. Céus! Eu sou bem clichêzinho... Ah, e só para completar minha apresentação, me chamo John. Estudo Literatura, o que é tudo para um leitor dedicado como eu - risos.

 

    Voltando aos romances, eu realmente não tenho um número exato. Mas, olha, muitos deles eu sei que são do tipo LGBTQIA+. Fico feliz em perceber que essas histórias estão sendo cada vez mais narradas.

 

Além disso, e principalmente, me sinto representado. Estou lendo "Enquanto eu não te encontro", uma comédia romântica que se passa no Rio Grande do Norte. Gente, que livro legal!

 

Quando eu folheio um livro assim, tenho meio que uma reafirmação de que meus sentimentos são válidos, sabe? Desde sempre, me sinto assim. É incrível! A literatura é meu local de acolhimento favorito, ao qual eu recorro quando o mundo não está tão fácil de digerir. E pensar minha sexualidade foi bem isso; foi nesse processo que eu mais precisei do apoio dos livros. Agradeço demais a eles!

 

Quando as coisas pareciam confusas, acabava encontrando personagens que lidavam com o mesmo conflito. Até aceitar quem eu sou, sem julgamentos que não eram meus, certamente a participação desses personagens, dessas histórias, foram essenciais na minha vida. E acredito que na de muitas outras pessoas LGBT+. A representatividade que essas narrativas trazem é muito essencial e poderosa.

 

Até vou escrever meu TCC nesse sentido. Quero analisar a construção de personagens LGBT+ na literatura. Eu conheço tantos, afinal. A gente vê diversas construções - algumas, mais bem trabalhadas e necessárias, já outras, cheias de estereótipos, sabe? Esse último tipo é um saco! Infelizmente, nem todos os livros são maravilhosos, né?

 

Quando a história de uma pessoa cuja orientação sexual e/ou identidade de gênero é respeitada em uma obra, farei questão de salientar que ler essa obra será uma oportunidade muito agregadora, inclusive. E isso também valerá para que pessoas não LGBTQIA+ se sintam convidadas a apreciar livros LGBT+, a conhecer essas  histórias.

 

Esses relatos, mesmo quando ficcionais, são importantes para mostrar que está tudo bem em ser quem você é. Representatividade importa! Colocá-la na literatura, esse espaço tão íntimo e tão aconchegante, é fantástico. Pensei muito… Vou voltar a ler meu romancezinho da vez. 


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