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21/05/2022 às 08h52min - Atualizada em 21/05/2022 às 08h13min

Sem formação, influenciadores resumem moda a compras e opiniões superficiais

Atualmente, falar sobre o mundo da moda é um dos principais passatempos dos influenciadores

Ana Julia Bellini - Editado por Larissa Barros
Colagem / Ana Julia Bellini
Nas redes sociais, cada vez mais pessoas criam a ideia de serem especializadas em diferentes assuntos. Atualmente, falar sobre o mundo da moda é um dos principais passatempos de muitos influenciadores. Mas, embora haja diferentes temas sobre essa indústria, os assuntos são resumidos a compras e explicações superficiais. 

Agora, os profissionais não estão perdendo espaço para os herdeiros do donos de empresas, mas para o criador de conteúdo, que usa as redes sociais para vender sua ideia de moda a milhões de seguidores.

Se tornou comum os influenciadores, principalmente os que alcançam um público maior, conseguirem cargos de diretores criativos, comentaristas de eventos, hosts de programas de moda, figurinistas e modelos. Como já deu para perceber, não importa muito a área em que eles trabalham, só importa se os seguidores vão dar engajamento para a empresa contratante. 

Para a jornalista especializada em moda e fundadora do site Moda Sem Sacola, Isabela Magalhães, é problemático ver que influenciadores sem nenhuma bagagem de moda, nem formação ou vivência, estão sendo encarados como jornalistas e formadores de opinião de moda. Ela afirma que “alguns são produtores de conteúdo, mas muitos apenas influenciam o consumo pelo consumo”. 

No ano passado, a atriz Mariana Ruy Barbosa assumiu a direção criativa de uma edição da revista Top Magazine, Mesmo que, de fato, ela seja uma atriz super talentosa, será que não cabia alguém formado em jornalismo ou especializado em moda assumir esse papel?

Outro exemplo que expõe a apropriação das blogueiras no meio seria a marca da humorista Gessica Kayane que em 3 meses de lançamento alcançou 558 mil seguidores. Porém, a marca não traz nada de revolucionário, fabricando apenas mais do mesmo.

Contudo, segunda a estilista e figurinista Rosana Amora “ A moda só é moda enquanto tem identidade” criando uma esperança para um futuro que valorize o profissional de moda. Enquanto grande parte das blogueiras se auto repetem mostrando um lado raso da moda, os profissionais estão ganhando conhecimento e identidade própria, que são a base do mundo fashion.

A visibilidade que a moda tem ganhado aos longo dos anos e algo notável. O interesse na moda é primordial, pois ela é feita por pessoas para as pessoas, mas é necessário buscar informações legitimas e com credibilidade para que esse meio cresça da forma certa.

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