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07/06/2022 às 12h00min - Atualizada em 07/06/2022 às 12h00min

Como está a renda dos Brasileiros no atual cenário econômico?

Com orçamento apertado, população tenta procurar alternativas de sobrevivência

Daiane Gonçalves - Editado por: Eduardo V. Schmitt
Crédito: Daiane Gonçalves/Lab Dicas Jornalismo

A economia mundial foi impactada consideravelmente pela pandemia de Covid-19. O Brasil, que antes já passava por recessão econômica com queda de mais de 7% do Produto Interno Bruto (PIB), registrada entre os anos de 2015 e 2016, viu esse cenário se agravar ainda mais no período pandêmico.

As medidas restritivas, como Lockdown, determinadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), afetaram principalmente o mercado de trabalho. A taxa de ocupação de 53,5% registrada no primeiro trimestre de 2020 caiu para 47,1% no terceiro trimestre do mesmo ano, segundo um estudo realizado em 2021 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).


São mais de 14 milhões de pessoas desempregadas no país, de acordo com uma pesquisa realizada em 2021 pelo IBGE. Com isso, a população tem buscado alternativas para sobreviver, como o empreendedorismo.

“O Brasil já não vinha bem e a pandemia realmente aprofundou essa questão. Então, a gente começou a ver as pessoas empreendendo, partindo para uma coisa mais autônoma. Por outro lado sem direito trabalhista e etc. Mas, é uma alternativa que se tem para tentar sair e se manter nessa situação pelo menos até que as coisas melhorem”, afirma André Morais, presidente do Conselho Regional de Economia de Pernambuco.


A alta da inflação afeta diretamente o consumo. Com a taxa de juros alta - a denominada SELIC-, o poder de compras diminui. André Morais explica as consequências do aumento dessas taxas: “A gente dá uma freada muito grande no consumo de bens e serviços. Porque os preços começam a ficar mais caros e as pessoas começaram deixar de consumir”.

Quem trabalha formalmente e recebe um salário mínimo, encontra dificuldades para suprir as necessidades mais básicas e tenta equilibrar as despesas. Yuri Santos, 23, é um dos trabalhadores que se enquadra nesse perfil e diz que é apertado equilibrar as despesas com a remuneração e, até para ter momentos de lazer é difícil. “Para ter lazer é preciso poupar e escolher um dia para não apertar no orçamento e ter mais dificuldade”.

Uma pesquisa nacional da Cesta Básica de Alimentos realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) calculou que no mês de março de 2022, o valor do salário ideal para uma família de quatro pessoas, seria de R$6.394,76, considerando despesas como aluguel, alimentação, transporte e outros serviços vistos como essenciais.

“O salário mínimo está muito aquém do que deveria ser o salário mínimo de uma família o suficiente para que o trabalhador consiga pagar todas as despesas”, enfatiza André.

O economista dá dicas de como economizar diante desse cenário onde a maior parte da população brasileira enfrenta dificuldades financeiras. “É de fundamental importância que a gente tenha um controle de quanto ganha e quanto gasta. No supermercado, por exemplo, existem aqueles produtos que a gente chama de produtos substitutos. Então, se a carne de bovina está muito cara, a gente pode tentar optar pela carne de aves. Em casa, tentar economizar o máximo que puder desligando equipamentos desnecessários, em relação o gasto de energia, tentar utilizar dentro daquele horário que a gente sabe que é um horário mais barato, que o horário comercial. Concentrar o que precisa fazer dentro desse horário”.


 
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