O suspense coreano Na Palma Da Mão, que estreou dia 17 de Fevereiro na plataforma Netflix, segue a vida de Na-mi (Chun Woo-hee), uma jovem que depois de perder seu smartphone acaba recebendo seu aparelho de volta nas mãos de Jun-yeong (Yim Si-wan), que antes de devolver o pertence, instala um spyware (programa utilizado para se infiltrar em sistemas de computadores e aparelhos eletrônicos) em seu aparelho. Paralelamente um detetive chamado i-man (Kim Hie-won) encontra indícios que seu filho pode está envolvido na cena de um crime brutal.
O longa possui uma trajetória carregada de tensão e expectativa, cada vez que somos apresentados a cada acontecimento que a simples perda de um aparelho celular desencadeia. O choque do expectador é resultado não só das sequências de desventuras as quais a protagonista é submetida, mas do poder que o vilão possui, simplesmente ao possuir um pertence tão comum na vida de qualquer individuo na atualidade, talvez seja aí onde mora a grande critica do filme.
Na Palma da Mão, ou Unlocked no original, é baseado em um romance japonês escrito por Akira Teshigawara, e foi dirigido por Kim Tae-joon, a narrativa resultada dessa produção parece trazer uma crítica certeira tanto a exposição virtual, quanto ao tempo gasto nessa “vida paralela” criada nas redes sociais, além de demonstrar os potenciais desastres que podem ser resultantes de tal exposição. Apesar de se tratar de um thriller e o foco do drama girar em volta de um assassino, o roteiro trás reflexões sobre a intensidade da interferência da vida virtual nas relações pessoais, familiares e profissionais na atualidade e o quanto estamos todos vulneráveis diante de tal exposição.
Apesar do ritmo lento, comum em produções Sul-Coreanas, Na Palma da Mão, é capaz de prender a atenção em uma sequência satisfatória e com alguns plot twists que deixam o fechamento da trama ainda mais interessante. Os sentimentos que ela deixa são, apreensão, choque e reflexão sobre as possibilidades, riscos e a dependência causada pelo crescente envolvimento da sociedade com a realidade virtual.
Fonte: TechTudo / Reprodução: Google
