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05/07/2023 às 01h26min - Atualizada em 05/07/2023 às 14h56min

Além da música: conheça novas formas de contar histórias através de álbuns conceituais

Existem diversas formas de contar uma mesma história, neste artigo vamos explorar uma das melhores: os álbuns conceituais.

João Lameira - Revisado por Nildi Morais
'The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars' é mais uma das obras de arte de David Bowie. (Foto: Reprodução/Plano Crítico)
Existem diversas formas de contar uma mesma história. Todos que já estudaram comunicação em algum momento da sua trajetória acadêmica já se depararam com a famosa frase “o meio é a mensagem”. Quando Marshall McLuhan falou essa frase, ele queria entender como o meio é um fenômeno tão importante quanto a própria mensagem - e como ele tem poder de impactar a sociedade.


 

Bem, nesse artigo, nosso meio de estudo é a música. Mais precisamente álbuns e, sendo um pouco mais: os chamados álbuns conceituais. 

 

Vivemos em uma era em que cada vez mais os álbuns são deixados de lado e vão dando lugar aos lançamentos de singles simultaneamente em todas as plataformas de streaming. Entretanto, muitos grandes artistas ainda seguem compilando suas músicas em grandes lançamentos, que por muitas vezes trazem um conceito por trás que torna todas aquelas músicas como uma obra só.

 

Beleza, mas o que são os álbuns conceituais?

 

Os álbuns conceituais são lançamentos pensados como um todo à volta de um propósito ou temática específica. E esse tipo de tema pode ser literalmente qualquer coisa, desde o álbum Nightfall in Middle-Earth dos alemães da banda Blind Guardian, que adaptou a obra O Silmarillion, de J. R. R. Tolkien até o empoderamento feminino no álbum homônimo de Beyoncé.

 

Mas engana-se quem pensa que isso é recente. O considerado primeiro álbum conceitual da história data dos anos 40, quando o cantor folk Woody Guthrie lançou o Dust Bowl Ballads, que retratava a vida dos agricultores afetados pela Grande Depressão nos Estados Unidos. Desde então, diversos álbuns contando as mais interessantes histórias e promovendo grandiosas reflexões surgiram durante toda a história da música. 

 

Aqui vão seis dicas para você ouvir agora mesmo!

 

Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band - The Beatles (1967)


 

Neste álbum, os Beatles apresentam a banda fictícia Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band e suas aventuras musicais. O álbum explora temas de escapismo, fama, amor e reflexões sobre a vida.
 

The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars - David Bowie (1972)


 

Aqui, o Camaleão apresenta a personagem fictícia Ziggy Stardust, um alienígena bissexual e rockstar que vem à Terra. O álbum aborda temas como fama, identidade, amor e apocalipse.

 

A Tábua de Esmeralda - Jorge Ben Jor (1974)


 

Por aqui também temos ótimos álbuns! Em A Tábua de Esmeralda, Jorge Ben Jor apresenta uma abordagem esotérica e mística, com letras que exploram alquimia, hermetismo e espiritualidade. O álbum é considerado um clássico da nossa música.

 

The Wall - Pink Floyd (1979)


 

Esse álbum icônico conta a história de um músico fictício chamado Pink (que vocês já devem saber quem é), explorando temas como isolamento, alienação e autodestruição. O álbum segue uma narrativa linear e apresenta uma mistura de rock progressivo e elementos conceituais.

 

American Idiot - Green Day (2004)


 

American Idiot é um álbum punk que narra a história de personagens fictícios em uma crítica à sociedade americana contemporânea. O álbum aborda temas políticos, alienação social e desilusão, e é construído como uma ópera punk rock.

 

Lemonade - Beyoncé (2016)


 

Um revolucionário álbum visual da artista norte-americana Beyoncé, esse é um trabalho conceitual que explora temas como a infidelidade, o empoderamento feminino, a raça e a identidade. Com uma narrativa poderosa, o álbum é uma reflexão pessoal e social.


 
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