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29/08/2023 às 00h09min - Atualizada em 28/08/2023 às 22h40min

A busca da identidade na juventude: 6 filmes para mulheres na casa dos 20.

Uma lista de filmes que capturam os desafios, alegrias e descobertas enfrentadas por jovens mulheres

Gabriela Auzier - Revisado por Carolina Nunes
Bob e Charlotte de "Encontros e Desencontros" (Imagem: Reprodução/ Mubi)

É fato que amadurecer é difícil e o cinema retrata bem isso, especialmente os filmes do gênero coming of age. Com histórias sobre crescimento e autodescoberta, esse gênero acompanha personagens em busca da própria identidade enquanto enfrentam os desafios do crescimento. No turbilhão da jornada de amadurecimento, poucos períodos podem se comparar aos obstáculos e experiências da casa dos 20 anos, especialmente para mulheres.

 

Em um cenário cheio de transição e transformação, assim como as protagonistas dos filmes, lutamos para encontrar nosso lugar no mundo, enfrentando questões sobre carreira, relacionamentos, independência e identidade. É uma fase repleta de aprendizado, e é exatamente isso que a nossa lista de filmes captura: histórias emocionantes que exploram os desafios e alegrias dessa fase para se identificar e se inspirar em sua própria jornada na casa dos 20 anos. Vale destacar que nem todos se encaixam estritamente no gênero coming of age, mas definitivamente têm as pinceladas características. Confira:

 

A pior pessoa do mundo (2021)

 

O filme conta quatro anos na vida de Julie, uma jovem navegando as águas turbulentas de sua vida amorosa e lutando para encontrar seu caminho profissional, o que a leva a ver quem ela realmente é.

 

Perto dos 30 anos, Julie se encontra em crise existencial. Ao longo dos seus 20 anos ela começou e abandonou muitas coisas. Largou a faculdade de medicina para fazer psicologia e depois decidiu que sua vocação era fotografia. Ela age da mesma forma com os relacionamentos. Ela simplesmente não sabe o que fazer da vida, tanto pessoal como profissionalmente. ‘A Pior Pessoa do Mundo’ demonstra a importância de cometer erros na vida. Nem todo mundo tem tudo planejado quando chega aos 30 anos e tá tudo bem.

 

France Ha (2012)

 

Escrito e estrelado pela querida Greta Gerwig, o filme conta a história de Frances, uma ambiciosa aprendiz de uma companhia de dança, que tem que se contentar com muito menos sucesso e reconhecimento do que ela gostaria. Mesmo assim, ela encara a vida de maneira leve e otimista.

 
Greta Gerwig em France Ha

Greta Gerwig em France Ha

(Foto: Divulgação)

Frances tem 27 anos e saiu de sua cidade natal para tentar a vida em Nova York. Mas as coisas não são fáceis e ela luta muito para receber reconhecimento. Depois que sua amiga e colega de quarto se muda, e ela é dispensada da companhia de dança, Frances se encontra perdida. E mesmo que ela coloque um sorriso no rosto, no fundo ela se abala com o fato de que não sabe o que fazer da vida. O filme traz uma reflexão sobre como conquistar independência não é fácil e pra isso é necessário abrir mão de muitas coisas.

 

Shiva baby (2020)

 

Em Shiva Baby, Danielle (Rachel Sennott) é uma jovem judia bissexual ainda indecisa sobre sua carreira profissional. Ao comparecer a um velório judeu com os pais, ela precisa lidar com sua ex-namorada e o aparecimento inesperado de seu sugar daddy.

 
Rachel Sennott como Danielle em

Rachel Sennott como Danielle em

(Foto: Divulgação/ MUBI)

Recém formada na faculdade, Danielle se sente pressionada por ainda ser sustentada pelo pais, o que a leva a ser bancada por um sugar daddy. Ao acompanhar os pais ao velório, eles pedem que ela esconda sua vida íntima para que sua família não seja criticada, mas a presença de sua ex-namorada e seu sugar daddy leva a uma série de situações constrangedoras conforme ela tenta manter tudo em segredo. O filme reflete sobre a pressão das expectativas sociais, em relação a corpo, carreira e relacionamentos, sendo totalmente identificável por jovens mulheres. 

 

Encontros e desencontros (2003)

 

O famoso ator Bob (Bill Murray) está em Tóquio para gravar um comercial de uísque. Charlotte (Scarlett Johansson) é a esposa de um fotógrafo que está trabalhando na capital japonesa. Eles se encontram casualmente no bar do hotel e começam a se ajudar numa exploração sentimental para distanciar-se do tédio e da solidão.

 

Charlotte é uma jovem mulher recém casada acompanhando o marido, mas ela se sente perdida e deslocada no ambiente estrangeiro, e também em sua relação. Na fase da transição da juventude para a vida adulta, a viagem a faz questionar quem ela é e o que realmente deseja da vida. Bob sente que sua carreira está estagnada e sua vida pessoal em declínio, ele também lida com a falta de propósito. Ambos os personagens estão passando por momentos de transição e incerteza, se conectando através da compreensão das angústias um do outro. É uma história sobre como podemos encontrar conforto nos lugares mais estranhos através de experiências compartilhadas, e que todas as experiências são valiosas.

 

Little forest (2018)

 

Hye Won (Kim Tae Ri) saiu de casa, na zona rural, para morar na cidade grande e tentar melhorar de vida. Mas, por não conseguir arrumar um emprego como professora, e por um relacionamento mal sucedido, ela decide esquecer os sonhos com a cidade grande e volta para sua casa na zona rural.

 

Ao voltar para sua cidade natal, Hye Won se reaproxima dos amigos de infância e volta a encontrar prazer nas coisas simples como cozinhar e respirar o ar fresco do campo. Tudo isso enquanto lembra da mãe, que foi embora na sua adolescência, e fazendo as receitas dela ela aprende que não é porque vivemos com nosso pais não quer dizer que os conhecemos completamente. O filme é um lembrete de que o conforto da simplicidade às vezes pode nos ajudar a realizar as coisas que realmente queremos e como confiar no processo para realizar os nossos sonhos.

 

Columbus (2017)

 

Casey (Haley Lu Richardson) vive com sua mãe em uma cidade pouco conhecida e assombrada pela promessa de modernismo. Jin (John Cho), um visitante do outro lado do mundo, visita seu pai que está quase falecendo. Sobrecarregados pelo peso do futuro, eles encontram refúgio um no outro e na arquitetura que os rodeia.

 

A personagem de Casey adiou os sonhos para cuidar da mãe. Ela acabou o ensino médio e as pessoas dizem que ela tem potencial e deveria aproveitar a oportunidade para ir para outro lugar estudar. Jin é um tradutor coreano que deseja encontrar sentido em sua vida e acaba com a responsabilidade de cuidar do pai, com quem ele não tem um bom relacionamento. A questão central do filme é o conflito entre as aspirações pessoais e as responsabilidades familiares, e como esses conflitos podem moldar nossas escolhas e trajetórias, destacando o desafio que é equilibrar os desejos pessoais com os de nossas famílias.

 

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