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11/09/2023 às 00h29min - Atualizada em 11/09/2023 às 00h27min

Opinião: Diniz impõe seu estilo na estreia com vitória contundente contra a Bolívia

Treinador, para levar time a vitória, deu maior autonomia para Neymar, inovou com Renan Lodi na linha ofensiva e deu vantagem dos pontas no um contra um

Claudio Salles Jr - labdicasjornalismo.com
Diniz estreia bem com a seleção. Foto: Pedro Martins / Foto FC
Na estreia da seleção brasileira nas Eliminatórias da Copa do Mundo o time somou três pontos, mostrou desempenho e desfilou com vários traços, já conhecidos, do treinador Fernando Diniz. Mesmo com o adversário longe de ser um dos mais fortes, a primeira impressão do trabalho do interino foi muito satisfatória para boa parte da torcida brasileira que, sem sombra de dúvidas, converteu-se  ao Dinizismo.

O novato deu liberdade para Neymar circular por onde quisesse em campo funcionou. E o craque, além de se tornar o maior artilheiro da  seleção -- segundo a FIFA -- conseguiu uma atuação com direito a quase golaço, chute no travessão e um festival de dribles. Foi uma noite para “se divertir” como definiu o treinador.

Além do jogo do camisa dez canarinho, outros grandes destaques individuais dentro do jogo foram Rodrygo e Raphinha. Com a utilização de Renan Lodi espetado na linha ofensiva, a seleção brasileira dificultou a sobra da defesa da seleção boliviana e proporcionou aos atacantes espaço para as jogadas individuais tendo a oportunidade de sempre disfrutarem de jogadas no mano a mano.

Sem exercer pressão na saída de bola, o time brasileiro foi armado no 3-2-5 nas ações ofensivas e mostrou muito volume criado no terço ofensivo.  Lodi e o atacante Rodrygo se entrosaram bem pelo lado esquerdo. Na outra ponta, Raphinha, em menos oportunidades, contou com o lateral Danilo. Assim, o Brasil “estacionou” no campo defensivo boliviano e, por um detalhe chamado Viscarra, goleiro da seleção boliviana, não terminou a primeira etapa com uma maior vantagem sobre  o adversário.

No meio campo brasileiro, Bruno Guimarães foi o fiel da balança equilibrando mostrando todo o conhecimento tático do jogo implantado pelo treinador Fernando Diniz, seu técnico na época em que atuava no Athletico. No lance do primeiro gol, foi ele quem passou a bola longa para o atacante Raphinha tabelar, finalizar e Rodrygo escorar no rebote.

Neymar, em noite de recorde, foi um brilho intenso e  quase fez um golaço em que driblou vários jogadores bolivianos em arrancada da intermediária. Esse lance mostrou como o atacante do Al-Hilal circulou por vários setores do campo com muita liberdade de ação e para jogar. Em várias oportunidades, ele jogava com os zagueiros e vinha receber a bola atrás de Casemiro na linha dos volantes.

Após o intervalo, o Brasil retornou arrasador e passou a verticalizar as ações ofensivas tentando encontrar espaços na retranca boliviana. Raphinha se destacou e teve grande atuação, que acabou recompensada com o segundo gol da partida. Já Bruno Guimarães deu lindo passe para o Raio marcar o terceiro gol brasileiro.

Daí em diante, todos os olhos se renderam para o show de Neymar. Em dois lances que começaram com atacante Raphinha pelo lado direito do ataque brasileiro.  Nelas o camisa 10 do Brasil foi oportunista e apareceu bem posicionado para finalizar no meio da área e alcançar um lugar de destaque na história da maior seleção de futebol da história: o 78º e 79º gols do maior artilheiro de todos os tempos da Seleção pentacampeã mundial.

Assim, Fernando Diniz deixou ótima impressão no primeiro contato com a seleção brasileira como treinador, mesmo que interino.

Em Tempo: A FIFA considera que Pelé teve 78 gols oficiais pela seleção. A CBF admite que o rei do futebol fez 95 tentos com a camisa da Amarelinha. Dessa forma, o menino Ney precisa fazer mais 15 para ser o maior artilheiro.

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