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26/09/2019 às 17h18min - Atualizada em 26/09/2019 às 17h18min

Gokai Fest 2019: Confira tudo o que rolou

Veja os destaques do Gokai Fest

Pedro Dias - Editado por Igor Cartiê
Foto: Pedro Dias
Nos dias 21 e 22 de outubro foi realizado o evento Gokai Fest no Museu Municipal de São João Nepomuceno (MG). O evento trouxe para o público atividades como campeonatos de videogame, gincanas, desfile cosplay, palestras, jogos de tabuleiro, xadrez, anime bingo, karaokê, concurso de K-pop e concurso de desenho.
 
A cidade de São João Nepomuceno (MG) recebeu mais uma edição do tradicional evento de cultura japonesa. O Gokai Fest tem como objetivo reunir pessoas ligadas aos eventos de anime da própria cidade de São João Nepomuceno e de outros lugares como Juiz de Fora (MG), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Bicas (MG) e Descoberto (MG).  
 
O Gokai Fest reuniu cerca de 600 pessoas nos dois dias de evento, sendo que no primeiro dia foram 400 pessoas, e no segundo dia, 200 pessoas, segundo informações da organização do evento.
 
Começando pelo primeiro dia de evento, o público participou da atividade de dança K-pop. Os grupos precisavam acertar à coreografia das músicas exibidas na tela do palco principal do evento. O primeiro grupo chamado de Link e o segundo grupo de Black dançaram músicas sul-coreanas como BTS, Iz One e Pentagon

(Os grupos Link e Black participando da atividade de K-pop) Foto: Pedro Dias Fotografia

Migrando para os consoles, o público do Gokai Fest participou do campeonato de Call of Duty para Playstation 3. O requisito principal para ganhar a partida era pelo qual o jogador conseguisse eliminar o adversário na primeira oportunidade. Ou seja, no momento que o jogador fosse eliminado, acabava à partida.
 
No total, 15 pessoas participaram do campeonato e apenas três jogadores conseguiram às posições de vencedores. Em primeiro lugar, Israel Veloso, segundo lugar, Juan Pablo, e o terceiro lugar, Miguel Castro.

(À esquerda, Juan Pablo, ao centro, Israel Veloso, e à direita,  Miguel Castro) Foto: Pedro Dias Fotografia
 
Por volta das 15h30, iniciou o campeonato de Injustice para o Xbox 360. Anteriormente, conforme informações da organização, estava previsto ser realizado o campeonato de Injustice para o Playstation 4. Pela falta de equipamentos, optaram em migrar para o Xbox 360. De acordo com relatos dos participantes, por falta de equipamentos do Ps4 e por ter mudado para outro console, deixou de agradar os jogadores.
(Superman contra Asa Noturna na partida de Injustice) Foto: Pedro Dias Fotografia

Cada partida durou cerca de três minutos. 12 pessoas participaram do campeonato e apenas três jogadores chegaram às finais. Em primeiro lugar, Felipe Ferreira, em segundo lugar, Miguel Castro, e em terceiro lugar, Gabriel. 

(À esquerda, Miguel Castro, ao centro, Felipe Ferreira, e à esquerda, Gabriel) Foto: Pedro Dias Fotografia

A palestrante Daniela Aparecida, "entendendo um kpoper", afirma que a cultura coreana está diretamente relacionada aos eventos da cultura japonesa.
(À esquerda, Daniela Aparecida. E à direita, Paula Santana) Foto: Pedro Dias Fotografia 

Segundo Daniela, tudo envolve à cultura asiática. Por pertencer ao continente asiático, reforça que seria uma "boa jogada" unir ambas culturas, tanto a cultura japonesa como a cultura coreana nos eventos de anime.
 
Para Daniela, quando uma pessoa é identificada como "Kpoper" é vista negativamente por conta do preconceito em relação às pessoas asiáticas. Características como "olhos puxados" podem influenciar nos argumentos preconceituosos por parte da sociedade brasileira e optando pelas músicas brasileiras.
 "As pessoas não entendem o lado positivo do K-pop", afirma Daniela". Foto: Pedro Dias Fotografia
 
O concurso K-pop tem como prioridade na coreografia da música escolhida pelo participante. Entre diversas músicas sul-coreanas, da banda que ganhou mais destaque foi de BTS. Apenas três pessoas conseguiram chegar às finais e obter às medalhas do concurso K-pop.

(À esquerda, Daniela Aparecida, ao centro, Diego Hatake, e à direita, Paula Santana como jurados) Foto: Pedro Dias Fotografia

(Ganhadoras do concurso K-pop) Foto: Pedro Dias Fotografia 

Durante a entrevista, os organizadores do evento Gokai Fest, Lucas Rigolon e Paula Santana, explicam o significado da palavra "Gokai". Por serem "incompreendidos", ambos são ignorados para falarem sobre o universo geek. Seja de games, animes, k-pop e rpg. "Apresentar para as pessoas e mostrar para eles o que é", afirma Paula.

(À esquerda, Lucas Rigolon, e à direita, Paula Santana) Foto: Pedro Dias Fotografia 

A organizadora Paula Santana disse que o motivo para realizar o Gokai Fest foi por conta do evento "Geek Soul", em Bicas (MG). Por participar deste evento, surgiu a ideia de fazer em São João Nepomuceno.
 
"Participamos do evento Geek Soul e vimos que deu público. Então pensamos em fazer em São João Nepomuceno", afirma Paula.
 
Segundo o organizador Lucas Rigolon, na primeira edição do Gokai Fest pensava em fazer para 80 pessoas e conseguiram reunir 460 pessoas.
 
Como o foco da cidade de São João Nepomuceno é festa country e bar, e nada relacionado para o público juvenil, surgiu a ideia de realizar o Gokai Fest para todos. Com a realização do evento, pessoas de outras cidades foram participar do Gokai Fest, cidades como Barbacena (MG), Juiz de Fora (MG), Rio de Janeiro (RJ), Bicas (MG) e Descoberto (MG). Os organizadores do evento afirmam que o Gokai Fest será feito anualmente no mês de outubro.
 
O início do segundo dia de evento começou com a atividade Animekê. Essa atividade visa em que o participante possa cantar uma música de anime. Seja uma música de abertura ou a música completa de qualquer anime. Músicas como “Temos que pegar" de Pokémon e a abertura de “Os Cavaleiros do Zodíaco” foram cantadas pelos participantes.

(Participante cantando abertura da música de Pokemon) Foto: Pedro Dias Fotografia

Uma outra atividade que teve maior participação do público foi o AnimeBingo. Nesta atividade, o participante escutava a música e marcava na cartela qual era o anime ou desenho.

(Participantes na reta final da atividade) Foto: Pedro Dias Fotografia

Caso o participante fizesse quatro acertos em uma única direção, ou na vertical ou na horizontal, corria em direção ao palco para concluir à gincana. Músicas de desenhos como “As Aventuras de Tintim”, “Ben 10”, “Padrinhos Mágicos”, “Ducktales”, “Popeye”, “Samurai Jack”, “Winx”, “X-men Evolution” e “A Pantera Cor de Rosa” foram tocadas no palco.
 (Em uma nova rodada da atividade AnimeBingo) Foto:Pedro Dias Fotografia

Por volta das 13h50, a atividade do “Morto ou Vivo” agitou o público do evento. Porém, ao invés de conter apenas o tradicional “morto ou vivo”, acrescentaram os golpes de Dragon Ball, “Kame-rame-ra”, “Genki Dama”, e o golpe de Street Figther, “Shoryuken”. Para incentivar, o ganhador seria contemplado com churros de vários sabores.
(Participantes no início da atividade) Foto: Pedro Dias Fotografia


(Participantes no momento do Shoryuken) Foto: Pedro Dias Fotografia

Em homenagem ao fim da animação de “A Hora da Aventura”, o concurso de desenho visava em que o participante desenhasse uma imagem ou personagem de “A Hora da Aventura”.
Foto: Pedro Dias Fotografia 

Foto: Pedro Dias Fotografia

Além destas gincanas, os jogos de tabuleiro fizeram sucesso no evento. Jogos como “Ultimate Werewolf”, Xadrez com até quatro pessoas jogando ao mesmo tempo, “Offboard”, “Magic”, cartas de Pokémon e Yu-Gi-Oh uniram o público. Tendo uma interação maior das pessoas no evento.
(Público jogando Ultimate Werewolf)  Foto: Pedro Dias Fotografia

(O público joga diferente games como Magic, Pokémon e Yu-Gi-Oh) Foto: Pedro Dias Fotografia


O público apreciou os produtos do stand Pérola Negra. Itens como bonés, colares de filmes e animes, camisas de anime, camisetas de bandas K-pop (BTS), bonecos colecionáveis, varinhas do Harry Potter e bandanas de Naruto.
(Stand do Pérola Negra com diversos produtos expostos para o público) Foto: Pedro Dias Fotografia 

O segundo dia de evento é marcado por uma das principais razões dos eventos de anime: Cosplay. Sendo assim, na palestra “Fantasia ou Cosplay”, o Cosplayer Pedro Espíndola explicou para o público à diferenciação dessas palavras.
“O mais correto seria cosplay”, afirma Pedro Espíndola.
 
O significado da palavra Cosplay é: Cos – Costume / Play – Interpretação. Ou seja, você une à fantasia do seu personagem e o jeito dele em relação ao anime. Para algumas pessoas, quando se fala em “fantasia”, as pessoas associam ao carnaval. Mas neste caso, é em relação às roupas que o personagem usa.
 
Desde 2017, Pedro Espíndola segue com a carreira de Cosplayer. Viaja para vários eventos de cultura japonesa pelo país. Ele afirma que o cosplay ajudou a perder à timidez e fazer novas amizades. Uma dica dada pelo palestrante foi em relação ao corpo da pessoa: “Na hora de fazer o cosplay, você não precisa ter o corpo parecido”, diz Pedro.
 
O investimento no cosplay foi abordado na palestra. Dinheiro sempre é necessário para investir nos personagens, porém isso não impede da pessoa da pessoa fazer o cosplay de armário. Ou seja, caso você tenha alguma roupa do personagem, use-a. Além disso, como interpretar o personagem na vida real é o fator principal para que esteja igual a ele.

Para iniciar nesse meio cosplay, Pedro Espíndola recomenda que a pessoa comece pelo personagem que você esteja mais familiarizado e estude pelo menos três poses dele. Outra dica feita pelo convidado é em relação na compra dos itens necessários para completar o personagem: “Se você estiver com dinheiro e vê algo que seja do seu cosplay, compre. Porque você não terá uma outra oportunidade”, afirma Pedro Espíndola.
 
Nos eventos de anime, é normal que você encontre personagens iguais usando às mesmas roupas do seu personagem, Pedro orienta para o público que não é preciso ter inveja ou ficar chateado. Para progredir na carreira cosplay, sempre pergunte para outros cosplayers, iguais aos seus ou não, como foi produzido ou como que conseguiu fazer. Peça uma orientação das pessoas experientes.
 “Competição tóxica não é legal no meio cosplay”, afirma Pedro Espíndola.
 
Após a palestra, Pedro Espíndola conversou sobre à vontade de fazer cosplays na sua vida. Pedro disse que no momento que começou a frequentar os eventos de anime e encontrou com outras pessoas usando cosplays, sentiu uma vontade de experimentar e ver se era divertido.
 
Atualmente, as pessoas têm o conhecimento melhor do que é "Cosplay". Mas ainda existe pessoas que têm preconceito e trata isso como “hobby de criança”. Às vezes, mostra estranheza ao ver uma pessoa mais velha usando cosplay.
 
"Depois do primeiro cosplay, não parei mais", afirma Pedro Espíndola. Foto: Pedro Dias Fotografia

Questionado sobre o caso polêmico envolvendo o prefeito do Rio de Janeiro, Marcello Crivella, na tentativa de censurar o HQ da Marvel, Pedro Espíndola afirma que isso é o reflexo da sociedade brasileira no atual contexto. O prefeito queria chamar atenção para isso, e mais uma vez, como homofobia. Por ser uma história em quadrinho que retrata pessoas como pessoas normais, existe homossexualidade em todo lugar.

"É um caso claro de homofobia", afirma Pedro Espíndola. 
 
O concurso cosplay contou com 12 pessoas. Na categoria “Cosplay Kid”, três crianças participaram do concurso vestidas de Elsa, Frozen e Chapeuzinho Vermelho.
 (Cosplays reunidos após o concurso cosplay) Foto: Pedro Dias Fotografia

Na categoria tradicional do desfile cosplay, nove cosplayers participaram. Entre eles, personagens dos games como “Overwatch” e “Fate”, como também dos animes como “Bleach” e “Fairy Tail”.
 
Os ganhadores na categoria tradicional do desfile cosplay foram:
 
1° - Manuela Santana (Sheila) – Caverna do Dragão
(Manuela Santana, vencedora do concurso cosplay) Foto: Pedro Dias Fotografia

2° - Maria Clara (Cana Alberona) – Fairy Tail
(Maria emocionada ao receber o prêmio em segundo lugar) Foto: Pedro Dias Fotografia

3° - Joseph Martinez (D.va) – Overwatch

(Cosplayer Joseph Martinez) Foto: Pedro Dias Fotografia

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