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07/11/2019 às 15h59min - Atualizada em 07/11/2019 às 15h59min

Novo método para combater o doping pode ser implantado em Tóquio 2020

Comitê Olímpico Internacional prevê medidas efetivas para o fim das irregularidades entre os altetas

Lúcia Oliveira - Editado por Paulo Octávio
Presidente do COI, Thomas Bach. Foto: Reprodução/IANS
Na tentativa de amenizar, ou até extinguir, os casos de doping no mundo esportivo, o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou que pretende implantar um teste genético para os atletas nas Olimpíadas de 2020, em Tóquio. Esse tipo de exame vem sendo estudado desde 2006 e é visto como o maior progresso no combate ao doping -- levando em consideração a existência do passaporte biológico a contar de 2002. A medida foi anunciada na Quinta Conferência Mundial sobre Doping no Esporte da Agência Mundial Antidopagem (WADA), em Katowice, Polônia,

Segundo o presidente do COI, Thomas Bach, a pesquisa, realizada por Yannis Pitsiladis -- componente da Comissão de Medicina e Ciência do COI e professor de genética e ciências do esporte -- está tão avançada que poderá ser usada já na próxima edição dos Jogos Olímpicos.
“Com a pesquisa sobre sequência genética progredindo bem, essa nova abordagem pode ser um método inovador para detectar doping no sangue, semanas ou mesmo meses depois do doping. Se aprovado pela Wada, esse novo teste genético pode ser utilizado já na Olimpíada de Tóquio 2020. Queremos que os trapaceiros nunca se sintam seguros, a qualquer hora, em qualquer lugar",  disse Thomas Bach, na abertura da Conferência Mundial sobre Doping no Esporte organizada pela Wada, em Katowice, na Polônia.
Sede da WADA, em Montreal, Canadá. Foto: Christinne Muschi/Reuters
 
Além da "arma antidoping", o COI e a Wada também visam colocar em prática o teste seco de sangue, DBS na sigla inglesa, que coleta amostras de sangue a partir de um furo no dedo do alteta.
 

“O DBS pode muito bem revolucionar a luta contra o doping, pois vai permitir uma coleta de amostras mais rápida, simples e economicamente eficiente. As amostras podem ser transportadas e armazenadas de maneira mais fácil e barata", disse Bach, que colocou como prazo máximo de introdução do DBS na Olimpíada de Inverno de Pequim 2022.

Ainda de acordo com Thomas Bach"o movimento olímpico e esportivo e as autoridades governamentais devem discutir como fortalecer a Unidade de Inteligência e Investigação da WADA". Além de reforçar a ideia da implementação desse novo plano, o Presidente do COI reafirmou a necessidade de uma melhor cooperação com os governos, quando se trata de identificar e validar os membros da comitiva de atletas envolvidos em casos de doping.

 

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