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10/07/2020 às 21h03min - Atualizada em 10/07/2020 às 21h03min

Em Santa Fé, todo dia é dia da pizza

Conheça a história da Pizzaria Café Brasil

Maynara Guapo - Revisado por Mário Cypriano
Uma das pizzas mais pedidas - Foto: Arquivo pessoal
Pizza é a definição de amor para os brasileiros. Com sabor fascinante e recheios diversos, tem para todos os paladares. Seja com a massa firme e crocante, doce ou salgada, sempre há uma história por trás de cada preparo. O Dia da Pizza é celebrado nesta sexta-feira (10) desde 1985, devido a uma competição estadual que ocorria em São Paulo para nomear as dez melhores pizzas de marguerita e muçarela. O resultado foi tão positivo, que o secretário de turismo da época, Caio Luis de Carvalho, determinou: a data de encerramento seria vista como o dia da pizza em todo Brasil.

Na cidade de Santa Fé, no Paraná, localizada a aproximadamente 50 km de Maringá, a paixão pela culinária é presente na vida de Emília Bazotte, 55, desde muito cedo. “Aquelas brincadeiras de fazer comidinha no quintal, a gente inventava colocando folha de uva na panelinha, fingindo que estava fazendo arroz, para ficar colorido”, afirma. Ela relata que foi se interessando pela gastronomia com o decorrer do tempo, buscando sempre se aprimorar em novas receitas. “Gosto de cozinhar de tudo um pouco, mas a pizza é o que mais gosto de fazer.”

Emília foi a que inaugurou a segunda pizzaria no município há 17 anos. A Café Brasil tem cerca de 70 combinações de sabores, incluindo alguns diferenciados. “Geralmente quando vamos até à mesa para retirar o pedido, as pessoas costumavam falar ‘Cê que sabe’, o outro fala, ‘Tanto Faz’. Eu escutava muito também ‘Qualquer uma’. Assim, surgiu a ideia de colocar esses nomes. É uma brincadeira com os clientes”, diz. No cardápio, há também nomes de municípios vizinhos, como Ângulo, Flórida e Munhoz de Mello. A empresária declara que foi uma maneira de homenagear as cidades que Santa Fé recebeu sendo denominada como comarca.
 
Solange Sousa Carlos é auxiliar de creche e trabalha na Café Brasil desde 2006. “Era para ser um trabalho temporário, estava desempregada. Como era a noite, esperava arrumar um outro serviço e saía de lá, mas acabei ficando até hoje. A pizzaiola alega ser cansativo o trabalho, pois as pessoas não sabem que tem um tempo certo para abrir a massa, esperar crescer. “Ao mesmo tempo entendo, porque quando a fome bate, todos querem ficar satisfeitos. No final da noite, é gratificante, sempre tem um elogio”, diz. Ela garante que o chocolate é o produto mais consumido pelas pessoas em situações especiais. “Principalmente a pizza de sensação que é bonita, bem apresentável. Sempre quando tem aniversários e outras datas comemorativas, sai bastante.”
 

Nostalgia

Emília recorda até hoje da primeira pizza servida na inauguração e para quem foi. “Foi para a Maria Ângela Scandelai. Quando chegou na mesa dela, foi muito engraçado. A pizza foi sem cortar, sem orégano e azeitona. Teve que voltar para a cozinha para acertar os detalhes”, risos. Maria Ângela Jambers Scandelai é gerente fincanceira de uma casa de material de construção da cidade e se sente lisonjeada por ser lembrada como primeira cliente. “Consumia muita pizza antes, mas hoje já nem tanto, pois não podemos nos reunir com os amigos. Assim que pudermos nos juntar, com certeza, o prato principal será pizza”, afirma.

A aposentada Dircinha Scandelai é considerada pela empresária Emília como aquela freguesa antiga, fiel e que nunca falha. “Fico feliz em ser cliente de um empreendimento que está no mercado há vários anos, consequência da qualidade, variedade de seus produtos e da dedicação de sua proprietária”, diz Dircinha.
 

Satisfação

Emília revela que o dia da pizza é muito importante para ela. “Comemoro como se fosse uma data de aniversário. A pizza trouxe o sustento para minha família. É um trabalho que faço com muito prazer. É uma satisfação ver o contentamento do cliente e de crianças que amam pizzas.”

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