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06/08/2020 às 23h33min - Atualizada em 06/08/2020 às 23h33min

Moda e mídias digitais podem influenciar hábitos alimentares e busca pelo corpo perfeito

Em meio a pandemia e o isolamento social as pessoas começaram a se adaptar a novos hábitos e rotinas

Bárbara Evelyn - Editado por Larissa Barros
Reprodução / Instagram
Em meio a pandemia e o isolamento social as pessoas começaram a se adaptar a novos hábitos e rotinas. Com isso, podem surgir sentimentos de culpa e baixa autoestima. Para a nutricionista, Rafaela Cardoso, as mídias e o cotidiano dos influenciadores do mundo da moda podem acabar influenciando diretamente na  busca desenfreada por dietas durante esse período. 

Em conversa com a nossa reportagem, a profissional explica que a insatisfação corporal ainda está presente em nossa sociedade, e atualmente, há grande quantidade de informações  que contribuem para o aumento desse sentimento.

“Hoje, vivemos em um paradoxo nutricional: já que há tanta informação e todos já sabem o que precisa ser feito, por que as pessoas não estão então, emagrecendo? O fato é que emagrecer ou  fazer dieta, não é tão simples assim. Existem vários fatores que influenciam e impactam de forma significativa as escolhas alimentares de um indivíduo, como a própria composição corporal, a disponibilidade de alimento no dia a dia, recursos econômicos, medicamentos, metabolismo, entre tantos outros”, explica a nutricionista. 


Durante a quarentena, a idealização do corpo perfeito tem se intensificado através de imagens e demais publicações de influenciadores sociais e figuras da moda. 

De acordo com a especialista na área alimentícia,  as dietas são falhas, pois para muitos significam proibições, restrições sacrifícios. Por conta disso, muitas pessoas não conseguem cumprir por muito tempo as regras e ficam em um eterno ciclo de engorda-emagrece, o chamado ‘efeito sanfona’. Ela aponta que o termo recomendado é reeducação alimentar ou de hábitos. 

“Cada um de nós temos nosso tempo e está tudo bem! Não faça dietas, faça mais, vá além, mude seus hábitos, seus comportamentos diante dos alimentos, busque por ter uma relação de paz com eles para alcançar seus objetivos e ter resultados para a vida. Que o seu remédio seja seu alimento e seu alimento seja seu remédio!”, destaca.


Para a graduanda do 10° período de Psicologia pela Universidade de Uberaba, em Minas Gerais, Rafaela Marçal , equilibrar sentimentos e pensamentos tem sido uma tarefa difícil e tem refletido diretamente a autoestima, já que ela se relaciona com a ideia que criamos de nós mesmos e com o quanto nos respeitamos enquanto seres humanos. 

“Ela [a autoestima] é capaz de influenciar enormemente em muitas das nossas escolhas ao longo da vida. É importante ressaltar que o equilíbrio da auto estima proporciona bem estar e traz a sensação de paz consigo mesmo, combatendo culpas e mágoas, medos e as preocupações, vivendo o presente com todas as oportunidades que ele oferece. Quais ações podem auxiliar? É necessário acreditar mais nas próprias capacidades, demonstrando um verdadeiro respeito por si mesmo e autovalorização”, avalia. 


Ao mesmo tempo, este mesmo período trouxe muitas reflexões com relação ao autoconhecimento, consumo consciente e principalmente à busca pelo conforto e praticidade, com o intuito de se encaixar a esta nova forma de viver proposta pela quarentena. 

Ao ser questionada sobre como a moda vem se adaptando aos novos estilos de vida trazidos pela pandemia,a consultora de moda Lorena Hordones Jray, afirma que o chamado ’ homewear’ (looks para ficar em casa) tornou-se imprescindível em todos os momentos, seja de descanso ou relaxamento durante os finais de semana e também para os dias de trabalho home office.

“A regra de ouro para o look do dia, têm sido aliar estilo e conforto. Peças de malha, tecidos mais leves com caimento, com modelagens amplas, mais soltas, que transmitem esta funcionalidade necessária, sem deixar de estar bem vestido. Nos deixando leve, sem regras para mostrar como o corpo está, apenas funcional, como nos primórdios da vestimenta – proteger o nosso corpo!”, diz Lorena.


O corpo ideal não existe. Sendo assim, a interminável busca (sem sucesso!) por ele deve ser totalmente excluída da rotina de qualquer ser humano e, substituído pelo  bem estar. Pois, ele é que realmente deve permanecer no cotidiano das pessoas, já que amor pelo próprio corpo e autoestima nunca saem de moda.






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