A venda anual de iPhones pode sofrer uma queda de até 30% em todo o mundo caso o aplicativo chinês WeChat seja banido nos Estados Unidos. É o que o analista financeiro Ming-Chi Kuo prevê, após o presidente Donald Trump ter decidido banir o aplicativo do país.
Trump assinou uma ordem executiva que proíbe empresas norte-americanas a fazerem negócios com a ByteDance e a Tencent, donas do TikTok e do WeChat, respectivamente. Assim, a Apple pode ser obrigada a banir o WeChat da sua loja de aplicativos, a App Store, impactando negativamente nas de vendas de iPhones e até AirPods, Apple Watches, iPads e Macs.
O WeChat é um aplicativo muito usado na China e em outros países, com mais de 1 bilhão de usuários. Possui múltiplas funções como mensagens, redes sociais, serviço de pagamentos e compras, leitura de notícias, jogos, entrega de comida e até marcação de consultas médicas.
Com a medida do presidente norte-americano, que passa a valer a partir de 20 de setembro, o público chinês não se interessaria em comprar um aparelho da Apple em que não é possível instalar um aplicativo tão utilizado e necessário.
No entanto, ainda não está claro qual o alcance da ordem de proibição assinada pelo presidente. De acordo com Ming-Chi Kuo, na pior das hipóteses, a comercialização global de iPhones pode cair entre 25% e 30% caso o WeChat seja removido. Outros produtos da Apple podem sofrer uma queda de 15% a 25% nas vendas. Entretanto, considerando que o WeChat seja banido somente na App Store dos Estados Unidos, o impacto nas vendas de iPhones seria de no máximo 6%, enquanto outros produtos da Apple seriam afetados em menos de 3%.
Contudo, diferente do iOS, os aparelhos Android não seriam afetados por essa medida. Se o Google retirar o WeChat da Play Store, os usuários ainda vão poder instalar o aplicativo através de lojas locais de Apps e por outros meios.