O Brasil e o mundo estão enfrentando a pior crise sanitárias das últimas décadas, por conta da pandemia do novo coronavírus, e uma das consequências que surgiram disso foi o famoso isolamento social. Para cuidar da saúde e preservar vidas, a população teve que começar a trabalhar e estuda em casa, além de parar de ver amigos e familiares. Mas esse período trancado em casa não tem feito nada bem para a saúde mental de crianças em idade escolar.
O site da Agência Brasil traz alguns dados referente as mudanças que o novo coronavírus tem trazido para as famílias com crianças ou adolescentes em idade escolar.
Já a organização Unicef Brasil, disponibiliza atrás de seu site, um folhetim suplementar sobre saúde mental e apoio psicossocial, para apoiar as crianças e adolescentes e suas famílias nessa fase tão complicada. Segundo profissionais da área, o isolamento está causando impactos psicológicos negativos devido a problemas como a perda da escolaridade levando as crianças a ter mais medo e ansiedade.
A Psicóloga Janaína Brandão da Escola Clube da Criança no DF, diz que as crianças menores apresentaram resistência há aulas online, ela também é mãe de aluno e vivenciou esta situação em sua casa com seu filho de 8 anos que apresentou um período de insônia. A psicóloga relatou que alguns pais disseram que seus filhos apresentaram irritabilidade e mudanças de comportamentos com pouco mais de um mês de isolamento.
Além da irritabilidade muitas crianças tiveram sono excessivo, enquanto outros começaram a roer as unhas por ansiedade. Ainda segundo a especialista, ao detectar essas mudanças comportamentais, os pais devem procurar um psicólogo ou orientador educacional, além de tentarem interagir com seus filhos através de atividades recreativas.
A professora de ensino fundamental, Simone Cristina Biângulo, observou que o ensino remoto tem sido um grande desafio para os professores e alunos, pois as crianças têm apresentado mudanças de humor e estão mais ansiosas com o longo período em casa.
Segundo ela vários pais relataram que seus filhos ficaram agitados, tiveram insônia, tristeza, agressividade e aumento de apetite. Como é o caso relatado pela Patrícia da Silva, que é mãe de duas meninas de 9 e 12 anos, segundo ela suas filhas estavam bem animadas com a nova forma de ensino remoto no começo, porém depois de alguns dias perderam o interesse.
Já para a mãe do aluno Hítan de 6 anos, a situação é ainda mais complexa, pois o menino tem transtorno do Espectro Autista, e tinha uma rotina de terapias e escola, mas com o isolamento essa rotina mudou. Segundo Diacuí Lacerda, mãe do Hítan, no início seu filho ficou ansioso, agitado e impaciente, porém, no caso dela o isolamento fez bem, já com as atividades em casa ele conseguiu desenvolver mais. “Ele está mais atento e interessado nas aulas online, houve uma melhora no comportamento, ficou mais calmo e obediente”, relatou a mãe.
Quanto ao retorno das aulas
O Coordenador de Qualidade do Colégio Objetivo de Brasília, João Paulo Cavalcante, diz que a instituição já vem recebendo desde o final de setembro parte dos alunos do infantil e das séries iniciais que vão do 1º ao 5º ano.
Quanto aos preparativos, a escola adotou todo um aparato de segurança para cumprir com os protocolos e orientações emitido pelos órgãos competentes. Foi facultado as famílias a possibilidade de não retornar mediante assinatura de um termo dizendo que por opção não vai voltar agora. “A escola manteve a plataforma digital em pleno funcionamento de nossas atividades pedagógicas que estão acontecendo desde março”, o Coordenador.