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30/01/2021 às 14h50min - Atualizada em 30/01/2021 às 14h40min

Antes da internet, revistas de moda influenciavam costumes das mulheres

As gerações mudaram e com isso, as revistas tiveram que acompanhar

Laís Rodrigues - Editado por Larissa Barros
Por Laís Rodrigues

As revistas foram companheiras das adolescentes por muitos anos antes do “boom” da internet. Mais do que comprar as revistas, o hábito de toda ir às bancas comprar uma nova edição a cada 15 dias aumentava ainda mais as coleções guardadas, seja de uma edição específica, ou alguma que falava de algum famoso do momento. Como acesso a internet não era fácil, o único jeito ficar por dentro das novidades do mundo das celebridades era por meio das revistas.  

 

Os assuntos mais comuns da época eram guias de moda, dicas de beleza, músicas e entretenimento. Assuntos como feminismo, política, sexualidade e sexo ainda eram considerados tabus pela sociedade, por isso, era pouco falado para os jovens. Mesmo assim, as revistas Capricho e Atrevida sempre buscaram trazer um pouco do assunto. Uma das capas mais polêmicas da Capricho foi lançada em 2005, e estampava a atriz Luana Piovani segurando um preservatido. A foto fazia parte de uma matéria sobre o uso de camisinhas. 


No Brasil, as revistas surgiram por volta dos anos 50, e tinha o objetivo de ditar um comportamento padrão nas mulheres da época. Um exemplo conhecido foi o Jonal das Moças. A publicação trazia assuntos relacionados aos deveres das 'donas de casa'. Por isso, um dos assuntos mais abordados era costura e afazeres de casa. Esse pensamento seguiu até poucos anos atrás, quando a onda de uma nova geração começou a questionar matérias em que garotos davam sua opinião sobre as meninas.

Segundo estudante de jornalismo e leitora de revistas jovens, Mileni Alexandre, 20 anos, as revistas tiveram um papel importante na escolha do curso. Ela destacou que se inspirava nas páginas editoriais, dicas de moda para colocar no seu estilo do dia-a-dia principalmente com a pegada "skatista" com base em análises de looks da cantora Avril Lavigne.
 

Em um dos episódios do podcast Perdidas no Recreio, de Bruna Vieira, ela conta sobre a oportunidade de escrever na Capricho por um período. "É muito lindo ver a transformação de uma geração inteira que não aceita mais esse discurso que diz como a garota, a adolescente, a mulher tem que ser ou como ela tem que se vestir ou como ela tem que se comportar,” disse. 
 

Atualmente, a internet e as mídias sociais estão influenciando estilos, gostos, modos de pensar. Mas, esse papel era das revistas com guias de estilos, páginas de editorial de moda que as vezes eram patrocinadas por algumas lojas de roupas que faziam com que as leitoras quisessem aderir aquele estilo ou peça. Por causa da modernização, hoje podemos encontrar matérias sobre feminismo, política, economia, sexo com muito mais frequencia. Cada nova geração acaba então recebendo mais e melhores informações, sobre novos jeitos e com menos tabus. 


 
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