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16/02/2021 às 19h22min - Atualizada em 16/02/2021 às 19h22min

Mandela, o homem que enfrentou muitos pela igualdade racial

Até Hoje é exemplo de superação, resiliência e fé.

Diuína Santos - labdicasjornalismo.com
Nelson Mandela. (Foto: Reprodução/ Fundação Cultural Palmares)

Nelson Mandela foi um líder do movimento contra o Apartheid (Separação) - Legislação que segregava os negros na África do Sul, país no qual posteriormente chegou a ser presidente. Foi preso em 1964 e condenado a prisão perpétua, porém, liberto em 1990, três anos mais tarde em 1993 recebeu o Prêmio Nobel da Paz, e até hoje é um exemplo de superação, resiliência e fé para muitos.
 
No dia 18 de julho de 1918, em Mvezo na África do Sul, nascia Nelson Rolihlahla Mandela, assim como seu nome do meio que significa “agitador de arvores” em Xhosa, o jovem menino também veio ao mundo inquietar o sistema e causar uma grande reviravolta nas “arvores” que detinham o poder. Recebeu o nome de Nelson aos 7 anos de idade, da sua professora do primário, seguindo um costume de dar nomes ingleses a todas as crianças que frequentavam aquela escola.
 
Em 1939 aos 21 anos Mandela tentou fazer o curso de bacharel em Direito na Universidade de Fort Hare, que foi a primeira Instituição da África do Sul a ministrar cursos para negros. Porém, abandonou as aulas por ter se envolvido num protesto contra a falta de democracia racial. Neste episódio começa sua luta contra a desigualdade racial e escreveu: “Aos olhos da lei fui transformado em criminoso, não por causa de algo que eu tenha feito, mas devido ao meu modo de pensar, a minha consciência”. 

 

No dia 05 de agosto de 1962, quando voltava de Johannesburgo após uma viagem pelo interior, foi preso pela polícia, no dia 22 de outubro, o governo levou Mandela a Julgamento, e no dia 11 de junho de 1964, Mandela aos 46 anos de idade, foi condenado a prisão perpetua na Ilha de Robben, na costa da Cidade do Cabo. 
 
Na época o jornal The New York Times, escreveu: “os acusados de Rivonia são heróis e combatentes da liberdade, os George Washington e Bem Franklin da África do Sul.” Já o Times de Londres declarou: “O veredito da História será o de que o verdadeiro culpado é o governo que está no poder”.  Ao sair da prisão em 11 de fevereiro de 1990, Mandela discursou para uma multidão na Cidade do Cabo. 

Mandela se casou três vezes, com Evelyn, Winnie Madikizela e com Graça Machel sua última esposa. Em 1999 deixou a presidência e foi morar no pequeno vilarejo de Qunu, onde criou uma fundação em defesa dos direitos humanos. Winnie foi a esposa que mais participou das lutas e dificuldades de Mandela, quando estava grávida do primeiro filho, foi detida, juntamente com 1200 manifestantes, ao ser presa levou vários golpes e em consequência da violência, sofreu um princípio de hemorragia. O nome Winnie significa “aquela que passará por muitos julgamentos”.
 
No livro Os Caminhos De Mandela, há uma citação muito interessante a respeito deste grande homem, que dizia que às vezes alguém perguntava sobre seus “netos” afirmando que aqueles não eram filhos de seus filhos. Ele sorria, balançava a cabeça e falava: “Em nossa cultura, os filhos de nossos parentes são todos netos”. Mandela se divertia com o sentido literal das árvores genealógicas ocidentais. Em sua visão, somos todos galhos da mesma grande árvore. 


O Legado

Mandela lutou por anos contra o racismo e o preconceito, e por mais que ainda hoje vejamos o racismo espalhados por vários países, Nelson Mandela precisa ser lembrado como um dos homens negros que lutou por uma nação melhor, sem separação e com igualdade entre todos.
 
Em seu legado ficou o ensinamento de que nunca devemos desistir nem olhar para trás na caminhada contra o racismo estrutural. Além de não deixar que falam o que devemos falar ou fazer, principalmente quando sabemos nosso valor e capacidade. Mandela foi um homem que nos inspirou a vencer, lutar pelos nossos direitos, enfrentar as lutas e dificuldades, não foi fácil lutar pelos direitos que todos merecem que é a liberdade de se comunicar, viver e trabalhar. Infelizmente ainda vivenciamos muitas histórias de racismo no mundo.

Continuarei a lutar por minha liberdade até o fim de meus dias”, disse Nelson Mandela. Ele faleceu em Johannesburgo na África do Sul no dia 05 de dezembro de 2013, deixando filhos e netos.


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