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22/10/2021 às 01h22min - Atualizada em 22/10/2021 às 01h10min

Segundo a ONU, aproximadamente 40% dos refugiados no mundo são crianças: conheça as histórias de algumas delas

Dados da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) revelam que 48% destas crianças em idade escolar estão longe das carteiras das salas de aulas

Lucas Nobres Durães Pires Veiga das Neves - Editado por Ynara Mattos
Gazel Allus, 13 anos, imigrante Síria em Instambul - Emrah Gurel/ACNUR
Ainda no mês das crianças, não se pode esquecer daquelas que necessitam da atenção das autoridades mundiais e ter seus direitos assegurados. Segundo a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), cerca de 40% das pessoas que imigram de maneira forçada são crianças. Ainda segundo dados da Agência, 48% desta parcela em idade escolar seguem sem estudar.

A crise gerada pelo Novo Coronavírus fez com que nações que já estavam em situação de vulnerabilidade caíssem mais ainda na miséria, como é o caso da Síria, que trava uma Guerra Civil desde 2011 e é onde ocorre a maior crise de imigração forçada do planeta.

 

"Como você vai pedir às pessoas que fiquem em casa para evitar a contaminação? Onde é mesmo a casa delas? Estamos falando de quase um milhão de pessoas deslocadas  pelo menos um terço da população total de Idlib [noroeste da Síria] — ; a maioria vive hoje em tendas em acampamentos. Elas não têm mais casa.", declara  Cristian Reynders, coordenador do programa Médicos Sem Fronteiras no noroeste da Síria.


Segundo a ONG Humanitária Oxfam na Síria, se estima que 80% da população vive abaixo a linha da pobreza com 3 refeições por dia. 12 milhões precisaram fugir do país desde o início da Guerra, e destes, 5 milhões estão em países vizinhos, como Turquia, Líbano e Jordânia.

Enquanto conflitos seguem em curso em todo o mundo, nos últimos três anos cerca de 1 milhão de crianças nasceram no exílio. Uma delas dentre tantas está o Sondous, de origem Síria. A menina de apenas 8 anos nasceu no Campo Zaatari. Segundo dados de julho deste ano, há cerca de 76 mil pessoas acampadas no local. Mais de 22 mil crianças menores de 18 anos voltaram à escola em setembro de 2021 no campo de Zaatari, após mais de um ano de aulas online devido à pandemia de COVID-19.

 

“Estou muito feliz e animada para voltar para a escola, porque poderei ver meus amigos e meu professor.”, declarou ela.




Estes pequeninos anseiam voltar à escola e tem a esperança de ajudar, como é o caso de Leema, refugiada Síria residente de Amã, capital da Jordânia. A jovem de 13 anos mora com a mãe Nida e dois irmãos.
 

“Meu sonho é trabalhar na área da psicologia, ajudar as pessoas.”, afirma.


A família fugiu de Damasco em 2012, quando o conflito na Síria se intensificou. O pai de Leema morreu de câncer, e a família foi morar com parentes para compartilhar os custos de vida.


 
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