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23/10/2021 às 11h18min - Atualizada em 23/10/2021 às 09h31min

Conscientização da Sociedade sobre o TDAH ainda é um desafio

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade causa sintomas para toda a vida e precisa ser tratado com o apoio da família

Rafaela Moreira - Editado por Ynara Mattos
Psicóloga Carla Guerra, Neuroscience and Biodehavioral Reviews, Marília Fonseca, 26 anos, estudante de direito, diagnosticada com TDAH.
Mundo dos Psicólogos
Quase 6% das crianças e adolescentes, e 2,5% dos adultos são afetados com o Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Segundo o maior consenso internacional sobre o assunto, publicado no começo de fevereiro deste ano no periódico Neuroscience and Biodehavioral Reviews, embora a condição seja comum, ainda há preconceito em relação ao diagnóstico e muitas pessoas não levam a sério os pacientes afetados. Por isso, há necessidade da conscientização sobre o TDAH, gerando debates sobre o tema para levar informações a respeito do transtorno para a sociedade.
 
A Psicóloga Carla Guerra, explica Que o TDAH é um transtorno crônico, que inclui uma série de dificuldades comportamentais em diversas fases da vida, desde a infância até a vida adulta. Os Sinais mais comuns são a falta de atenção e a hiperatividade, mas podem aumentar se não forem tratados. Esse transtorno acompanha o indivíduo pelo resto da vida, não tem uma causa específica e os sintomas variam dependendo da fase que a pessoa está (criança, adolescente ou adulto). A criança que não fez tratamento leva isso para a vida adulta. Durante a infância os primeiros sinais são: ela não consegue realizar atividades consideradas básicas para outras crianças, não conseguem passar muito tempo sentada com foco em determinada ação. Tem sono agitado e muitos machucados devido à hiperatividade, além de falarem muito rápido. A hiperatividade pode ser mais observada em meninos do que em meninas, com mais dificuldades em compreender regras e limites.
 


Carla também explica que nos adultos as características são: dificuldades de produzir no trabalho porque não entendem instruções e demandas que recebem. Já em relação à hiperatividade os pacientes são considerados egoístas que só pensam em si mesmos e podem ser ansiosos e impulsivos.
Após a descoberta vem a etapa do prognóstico, para decidir como será o tratamento., que pode ser realizado a partir dos medicamentos no tratamento medicamentoso, receitado pelo pediatra, para crianças, ou neurologia e psiquiatra, no caso de adultos. Já o psicólogo atua no acompanhamento posterior a isso.

 

A Estudante de direito, Marilia Fonseca de 26 anos diz que os sinais de TDAH eram muito perceptíveis durante a infância. Ela conta que era muito hiperativa preferia atividades que eu estivesse em movimento, como subir nas coisas, e tinha dificuldade de concentração em atividades mais calmas como ler um livro, mas foi na adolencência que Marilia começou a ver a Hiperatividade como uma patologia, e não como algum de infância. Além de não conseguir terminar as atividades que começava, me tornei impulsiva em várias áreas da minha vida, foi quando decidi iniciar o tratamento. Recorro ao uso de medicamentos e acompanhamento de psicólogo e psiquiatra. Hoje com os sintomas mais controlados, minha qualidade de vida melhorou bastante. - Finaliza


Quanto a conscientização do TDAH e de outros transtornos, ainda é preciso evoluir muito. A grande parte dos pais e responsáveis só conseguem perceber que a criança precisa de um olhar clínico quando as atividades diárias não conseguem ser realizadas com sucesso, sendo o apoio da família de fundamental importância. E, mesmo com diagnóstico em mãos, muitos não recebem o tratamento adequado.
O primeiro passo é ter conhecimento do transtorno, depois entender como funciona e se adaptar. 


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