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29/10/2021 às 10h26min - Atualizada em 29/10/2021 às 10h08min

Construção civil reage com práticas sustentáveis para diminuir efeitos da crise hídrica

Segundo Carlos Massini, Presidente da Cooperativa Habitacional (CICOM): “Essa é a nova realidade, que deve seguir para o futuro, neste pensamento coletivo e engajador, onde cada um faz a sua parte para beneficiar o todo”

Pedro Lopes - Editado por Ynara Mattos
Crise hídrica é grave, principalmente na região Sudeste, responsável por 70% da energia produzida no país.
 

A aposentada Rita Teodora Firmino Miguel (77), é uma entre milhares de brasileiros que sofrem com os recorrentes aumentos no preço da energia elétrica no Brasil, decorrentes da crise hídrica que se instaurou no país: “Atualmente, com a luz muito cara, uma dona de casa tem que fazer a melhor economia para que não sofra fracasso na hora de pagar as suas contas” afirmou Rita.

 

Fatores climáticos e o uso irresponsável da água colocaram o Brasil em sua pior crise hídrica em 91 anos. As chuvas abaixo da média histórica estão sendo registradas desde 2019. Segundo a Agência Nacional de Água (ANA), diversos reservatórios registraram vazões baixas a extremamente baixas tanto há dois anos quanto no período chuvoso de 2020/2021. 

 

Em decorrência da falta de água, o Governo Federal e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciaram no mês de agosto deste ano um aumento no preço da conta de luz. A alta veio através da criação da bandeira tarifária de escassez hídrica, que entrou em vigor no dia 1º de agosto e adicionou R$ 14,20 às faturas para cada 100 kw/h consumidos.

 

 Cooperativa Habitacional adota medidas para amenizar impactos da crise

 

Dentro desta questão, o debate sobre a sustentabilidade na construção civil passou a ser intensificado como um dos fatores que pode interferir e ajudar a reverter a situação que afeta a todos os brasileiros. O uso de fontes alternativas, controle de consumo e redução da demanda de água entram na pauta para o setor em tempos de crise.
 

“Mais do que nunca é essencial explorar alternativas mais responsáveis. O que antes era diferencial para empreendimentos de ponta agora é uma necessidade”, observa Carlos Massini, presidente da CICOM, Cooperativa Habitacional que atua principalmente no estado de São Paulo.

A CICOM oferece aos cooperados, em todos os empreendimentos que está construindo, alternativas responsáveis de uso e reuso da água, implementadas desde a construção dos empreendimentos até o reaproveitamento interno. Todos os imóveis garantem rede de abastecimento de água tratada e sistema adequado de coleta e tratamento de esgoto

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Carlos Massini reforça que o engajamento em projetos que buscam reduzir os impactos ambientais está presente na Cooperativa desde a sua concepção, visando o interesse e o bem-estar da comunidade e do meio ambiente. Ele também destaca que diferente do que se possa imaginar, a inclusão de atitudes responsáveis e sustentáveis não interfere no valor final dos imóveis da CICOM.

 

Planejamento de gestão urbana é um fator importante

 

Outra questão levantada pelo presidente da Cooperativa em relação a práticas sustentáveis pela construção civil é o planejamento de gerenciamento urbana, que segundo ele, faz a diferença e consegue reduzir os impactos nocivos ao meio ambiente.

 
 

“Um exemplo desse planejamento são as cidades inteligentes, que promovem o crescimento econômico enquanto oferecem mais qualidade de vida ao cidadão. Tudo isso é possível quando existe um propósito sustentável focado, principalmente em iniciativas voltadas para o meio ambiente”, finaliza.


Algumas das características essenciais das cidades inteligentes é a capacidade de criar, com o uso da tecnologia, uma infraestrutura sustentável, oferecendo, por exemplo, a despoluição de rios através de recursos biotecnológicos.

Barcelona, na Espanha, é um dos modelos de cidades inteligentes ao nível mundial. A capital da Catalunha tem investido no gerenciamento de resíduos através de escotilhas espalhadas por suas ruas, que recolhem os lixos de hora em hora durante toda a semana. Esse material viaja até 70 km/h em uma tubulação que fica a 5 metros da superfície. Ao chegar no centro de coleta, o lixo é separado entre material reciclável e orgânico. Esse último, é transformado em combustível para gerar eletricidade para a cidade.


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