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16/11/2021 às 00h00min - Atualizada em 16/11/2021 às 00h01min

Entenda como a educação financeira ajuda na conquista dos objetivos pessoais

Pesquisas apontam que o ideal é começar ainda na infância

Ludmilla Dias - Editado por Júlio Sousa
Reprodução: banco de imagens Freepik

Ter dinheiro suficiente para pagar todas as contas e investir em momentos de lazer, como uma viagem é o desejo de muitas pessoas. Em alguns casos, pode parecer um sonho distante, já que as dívidas não param de chegar. Mas o investimento na educação financeira pode contribuir para o controle dos gastos e na conscientização das escolhas financeiras.
 

"A educação financeira é um processo, ou seja, não é apenas uma ação, mas um conjunto de ações, conceitos e ferramentas que permitem que os indivíduos desenvolvam valores e competências necessárias de forma a estarem mais conscientes e, assim, poderem fazer boas escolhas financeiras com o objetivo de melhorar o seu bem-estar e a qualidade de vida da comunidade em que está inserido", explica a mestre em Ciências Contábeis e especialista em Finanças Pessoais e Comportamentais, Grazielle Santana

 

Não existe uma idade adequada para ter acesso a conteúdos sobre o assunto. Mas, segundo pesquisas sobre alfabetização financeira realizadas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), é muito importante que seja o mais cedo possível, ainda na infância. Por exemplo, a Letícia Alves, 22, desde pequena conhece a importância do controle financeiro.
 

"Fui ensinada desde criança a me preocupar financeiramente, pois assim quando chegasse à vida adulta pudesse usufruir do meu dinheiro sem acumular dívidas. Também me preocupo com os gastos dos demais integrantes da família, sempre dando um aviso quando estão passando dos limites,  fazem o mesmo por mim", afirma.


Para Santana, as crianças que aprendem a ter limites e sabem a importância de poupar para conseguir algo que querem muito, possuem mais chances de se tornarem adultos mais conscientes. 
 

Os problemas financeiros geram consequências que não param na carteira vazia. Pessoas endividadas podem ter sérios problemas de saúde, como insônia, estresse, queda de concentração e desempenho, depressão e ansiedade. Além disso, criminosos aproveitam essa condição para aplicar golpes. 
 

Por onde começar: 

De acordo com Santana, a primeira dica para quem quer economizar é perder o medo de falar sobre dinheiro.
 

"Dinheiro faz parte da nossa vida e é uma ferramenta essencial para realização de sonhos. Há, ainda, um tabu sobre esse assunto, de forma que as pessoas evitam falar sobre suas vidas financeiras até mesmo com seus parceiros e filhos. Falar de dinheiro é essencial, principalmente para as famílias, de forma que todos compreendam e participem".


Além disso, outras duas recomendações devem ser levadas em consideração: saber para onde o seu dinheiro está indo e com o que ele está indo; e, saber aonde se quer chegar, definir objetivos.         

 

Os "vilões" das finanças:  

Além da ausência de educação financeira adequada, Santana listou outros problemas financeiros que afetam diretamente a conta bancária das pessoas:

1. Não planejar;

2. Gastar mais do que ganha;  

3. Não poupar;  

4. Usar crédito (cartão de crédito, cheque especial, financiamentos) de forma excessiva; 

5. Achar que é cedo para pensar na aposentadoria;  

6. Tomar decisão com base na emoção; 
 

Cursos para todas as idades:  

Ficou animado para dar os primeiros passos na educação financeira? Abaixo tem uma lista de cursos online e gratuitos:  

- Plataforma Meu Bolso em Dia, desenvolvida pelo Banco Central (BC)e pela Federação Brasileiras de Bancos (Febraban)  

- Educação Financeira e Finanças Pessoais, oferecidos pela escola virtual da Fundação Bradesco 

- Curso de Educação Financeira para Jovens, oferecido pela plataforma de cursos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)   

- Extra: O canal Criança e Consumo, no YouTube ensina educação financeira para crianças    


 

 

 

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