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07/02/2022 às 00h00min - Atualizada em 07/02/2022 às 00h01min

Dinamarca considera extinguir as medidas de segurança

O país é o primeiro da Europa em não ter as restrições a partir de fevereiro e o uso obrigatório de máscara em espaços fechados não será mais necessário

Juliana Valillo - Editado por Júlio Sousa
Financial Times; Eco Sapo; Tenho Mais Discos que Amigos; UOL
Centro Urbano | Fonte: Pixabay
A Dinamarca é o primeiro país da União Europeia a suspender todas as restrições contra o coronavírus. Estas medidas de segurança, que foram impostas na quarta onda da pandemia, não estão em prática desde o dia primeiro (1º) de fevereiro. Apesar do número de contágios pela doença estar alta, tende-se a ter um menor risco da variante Ômicron, inclusive pelo elevado número de vacinas aplicadas.
 
A COVID-19 deixará de ser considerada uma doença de nível “crítica” para a população, implicando na extinção das atuais medidas. As máscaras não serão obrigatórias nos espaços fechados, as restrições nos restaurantes estão sumindo e as discotecas estão sendo reabertas.
 
Mette Frederiksen, primeira-ministra dinamarquesa, disse em uma conferência de imprensa: “estamos prontos para sair da sombra do coronavírus, despedimo-nos das restrições e saudamos a vida que tínhamos antes. A pandemia continua, mas já passamos da fase crítica”
 
Mette também se pronunciou sobre o “marco” e a “transição” para uma nova fase, ressaltando que a decisão sobre as medidas de seguranças tem a aprovação da comissão cientifica, que auxilia desde quando começou a pandemia do coronavírus.
 
Ela também destacou:

“Pode parecer estranho e paradoxal que eliminemos as restrições com níveis atuais de contágio, mas devemos olhar para mais números. Um dos mais importantes é dos doentes graves e essa curva foi partida”

 
A Dinamarca é um dos países que mais testa contra a COVID-19 no mundo, chegando a registrar 46.747 novos casos em 24 horas (dados do dia 27 de janeiro), nove vezes mais do que no ano anterior em que estava no pico da segunda onda. Os dados também contabilizaram 938 internados, menos 50 do que em 2021.
 
As autoridades de saúde admitiram que, no momento, a porcentagem de internados estaria entre 30% e 40%, tendo significado de pessoas que foram hospitalizadas por outros motivos e posteriormente testaram positivo para a COVID-19.
 
O número total de pacientes em unidades de cuidados intensivos (UCI) era de 40, sendo que é a metade de apenas algumas semanas atrás, confirmando que a Ômicron é a variante “menos prejudicial”, de acordo com a Mette. Além disso, ela fez uma referência aos números elevados de vacinação como um dos fatores decisivos: 80,6% dos dinamarqueses receberam o esquema completo e 60% a dose de reforço.
 
As autoridades dinamarquesas preveem que o contágio elevado prossiga durante mais algumas semanas, mas consideram uma desproporção manter as atuais restrições.
 
Segundo o site Eco Sapo, a Mette Frederiksen indicou três frases:

“Na primeira, até à primavera, vão ser mantidas as recomendações de proteção dos grupos de risco, como uso de máscaras em lares de idosos, bem como a obrigatoriedade de realização de testes para os não vacinados que viajam para Dinamarca. A segunda fase, até o outono, será de vigilância e preparação para a terceira, no próximo inverno, em que é “muito possível” uma parte da população ou mesmo toda tenha de ser novamente vacinada.”

 
Em 10 de setembro de 2021, o país já suspendeu todas as restrições, antes da reintrodução do certificado de vacinação no início de novembro e logo depois colocar novas restrições.
 
A Suécia considerou essencial em manter as restrições por pelo menos mais duas semanas. Entretanto, Lena Hallengren (ministra da Saúde) se pronunciou em uma conferência de imprensa:

"A maioria” das medidas podem ser suspensas a partir de 9 de fevereiro, “se a situação se estabilizar”

 
O número de internações em UCI foi menor do que em ondas anteriores nos países europeus, como na França ou Reino Unido. E também, anunciaram a flexibilização das medidas ou do levantamento de boa parte das restrições, embora os casos de infecção estejam muito elevados.
 
O Reino Unido tem uma única restrição que é o isolamento total para as pessoas infectadas pela doença, essa medida foi aplicada no final do mês de janeiro de 2022.

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