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19/02/2023 às 19h39min - Atualizada em 20/02/2023 às 12h35min

Governo dos EUA pedem para que seus cidadãos deixem a Rússia imediatamente por temores à segurança

A embaixada americana na Rússia emitiu alerta para os seus cidadãos que residem ou que estão viajando ao país, alertando para “prisão indevida” de cidadãos em território russo

Rafael Villarroel - Editado por Bianca Lourenço
REPRODUÇÃO/Brendan Smialowski/AFP
O governo dos Estados Unidos emitiram um comunicado no domingo (12) solicitando aos seus cidadãos que estejam na Rússia deixem o país "imediatamente". A solicitação é destinada tanto para os residentes ou os que estão no território russo de passagem.

A embaixada citou o risco de "detenções indevidas" no país, além da limitação de voos e da "capacidade limitada" do órgão americano em lidar com eventuais riscos que envolvem os norte-americanos que residem na Rússia.

Segundo o governo norte-americano, cidadãos foram interrogados no país sem qualquer justificativa e estão sendo ameaçados por autoridades russas. A embaixada também acusa o governo russo de não reportar as detenções de seus cidadãos e, consequentemente, atrasar a assistência consular.

Um porta-voz dos EUA, afirmou que esta não é a primeira vez que os cidadãos estadunidenses foram aconselhados a deixar a Rússia. O último aviso se deu em setembro, depois que o presidente russo ordenou uma mobilização parcial.

Em nota, os EUA sugeriram que existe o risco de que seus cidadãos sejam recrutados para atuarem como militares na guerra com a Ucrânia, ou impedir a saída de cidadãos estrangeiros do território.
 
“Em setembro, o governo russo mobilizou cidadãos para as forças armadas em apoio à invasão da Ucrânia. A Rússia pode se recusar a reconhecer a cidadania americana de cidadãos com dupla nacionalidade, negar seu acesso à assistência consular dos EUA, sujeitá-los à mobilização, impedir sua saída da Rússia e/ou recrutá-los”, continua o texto.

Por fim, o comunicado acusa a Rússia de não reconhecer a cidadania de cidadãos com dupla nacionalidade, logo, negando acesso aos serviços consulares e impedindo a saída do país. Em resposta, o secretário de imprensa russo, Dmitry Peskov, afirmou que pessoas com dupla cidadania são considerados cidadãos russos antes de qualquer coisa.
 
"Bem, quanto a mencionar cidadãos com dupla cidadania, aqui, em qualquer caso, esses cidadãos para nós são principalmente cidadãos da Rússia, independente de qual cidadania eles tenha", declarou. 

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia está próxima de completar um ano, no próximo dia 24 de fevereiro, e segue sem perspectivas de resolução. Os Estados Unidos se posicionam como os principais opositores ao regime do presidente russo Vladimir Putin, assim como à ofensiva russa sobre o território ucraniano.
 
Troca de prisioneiros

A estrela do basquete americano, Britney Griner, foi liberta em dezembro pelo governo da Rússia após uma troca de prisioneiros com a Casa Branca. Viktor Boult, traficante de armas russo que cumpria uma sentença de 25 anos em solo americano e que ficou conhecido como "Mercador da Morte", foi enviado ao país europeu.

Paul Whelan é outro americano que continua preso na Rússia: ele é um ex-fuzileiro naval dos EUA que foi preso por suspeita de espionagem em Moscou em 2018, e condenado a 16 anos de prisão. O governo Biden diz que ‘nunca desistirá' da libertação de Whelan.

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