Lab Dicas Jornalismo Publicidade 728x90
13/09/2023 às 19h17min - Atualizada em 13/09/2023 às 18h26min

A influência da inteligência artificial no cinema

Uso da tecnologia em produções cinematográficas tem se tornado cada vez mais frequente

Jenifer Vital - Revisado por Flavia Sousa
Inteligência Artificial X Cinema. (Foto: Reprodução /IPlace Blog)


A indústria cinematográfica possui um relacionamento de longa data com a Inteligência Artificial (IA). Essa temática está presente em diversos filmes de sucesso, como Metrópolis (1927), Blade Runner (1982), O exterminador do Futuro (1984), Matrix (1999) e vários outros. Além disso, os benefícios do uso dessa tecnologia vão além do roteiro. 

 

A utilização da IA nos processos de produção, criação e até mesmo atuação vem crescendo cada vez mais. Os conteúdos textuais, como contos e roteiros, feitos pelas IAs já são uma realidade, assim como a utilização de ferramentas que envelhecem atores, a  recriação de vozes, dublagem e restauração de filmes e séries. 

 

Aplicação da IA no cinema

 

A presença da inteligência artificial na indústria cinematográfica tem sido um fenômeno notável ao longo dos anos. Em 2013, quando o ator Paul Walker faleceu durante as filmagens do longa “Velozes e Furiosos 7'”. Para concluir as filmagens e criar a marcante cena final em que seu personagem se despede, foi utilizada uma combinação de técnicas, incluindo a inteligência artificial, computação gráfica e a participação do irmão de Paul Walker.

Cena final do filme "Velozes e Furiosos 7". (Reprodução: Cenas HD)
 

Conforme o tempo avançou, a IA evoluiu e se tornou uma ferramenta essencial para a indústria do cinema, especialmente no processo de rejuvenescimento de atores, conhecido como "de-aging". Este processo utiliza IA e computação gráfica para tornar personagens mais jovens, como visto com atores renomados como Robert DeNiro em “O Irlandês”, como em várias produções da Marvel, onde atores como Samuel L. Jackson e Michael Douglas foram rejuvenescidos digitalmente.

 

Esse avanço tecnológico tem permitido que os cineastas explorem novas possibilidades narrativas e visuais, ampliando as fronteiras da criatividade cinematográfica.

 

A tecnologia "deepfake" emprega a inteligência artificial para produzir vídeos incrivelmente realistas. Essa inovação torna viável a "ressurreição" de atores falecidos para desempenhar papéis completos ou até mesmo criar personagens totalmente sintéticos. No entanto, à medida que essas possibilidades se expandem, surge a necessidade premente de uma revisão abrangente das questões relacionadas aos direitos de imagem.

 

A transformação radical na capacidade de manipular a imagem de atores falecidos levanta desafios éticos substanciais. As preocupações incluem a obtenção do consentimento, mesmo após a morte do ator, e a definição dos direitos de imagem em um cenário em constante evolução. À medida que a tecnologia avança, é crucial que a indústria do cinema e a sociedade em geral considerem cuidadosamente essas questões éticas e legais para garantir que o uso da IA no cinema seja feito de forma responsável e respeitosa.


Greve dos Roteiristas

 

A greve dos atores e roteiristas de Hollywood começou em 2 de maio, depois que as negociações entre o Sindicato de Roteiristas da América (WGA) e os principais estúdios chegaram a um impasse sobre o número mínimo de pagamentos residuais na era do streaming, as implicações da inteligência artificial na indústria, entre outras questões. 

 

Os atores e membros dos sindicatos já estão contemplando cenários em que os estúdios podem explorar as possibilidades da IA para obter vantagens, como a redução de despesas relacionadas a profissionais ou a reutilização de conteúdo para criar um novo material. Além de envolver questões de direitos autorais e questões de imagens. 

 
Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »