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05/11/2023 às 03h12min - Atualizada em 05/11/2023 às 03h12min

Título inédito do Fluminense na Libertadores é marcado por redenções

Diniz, contestado, e Kennedy, rebaixado no Paulista, conduziram o time a maior conquista de sua história

Paulo Octávio
Nos braços do povo: John Kennedy celebra o gol com a galera. Foto: Reprodução/TV Globo
Para chegar à glória eterna, o Fluminense teve uma jornada carregada de redenções. John Kennedy, o autor do gol do título, foi rebaixado com a Ferroviária pelo Paulista. Felipe Melo tinha saído do Palmeiras de forma polêmica. E Fernando Diniz, foi altamente contestado pelo seu trabalho. Mesmo assim, com tantas críticas, o clube conseguiu o título que tanto almejava e encerrou de vez o trauma de ter perdido a decisão de 2008 no mesmo Maracanã.  

A vitória por 2 a 1 sobre o Boca Juniors, neste sábado (4), foi o último capítulo de uma campanha emocionante em que o time quase foi eliminado na fase de grupos. Cano e Kennedy fizeram para o clube brasileiro; Advincula empatou na primeira etapa e forçou prorrogação. Com o triunfo, Tricolor ganha 136 milhões de reais em premiação. E consegue vagas na fase de grupos da Libertadores de 2024; Recopa, contra a LDU, algoz de 2008; e para os Mundiais de 2023, em dezembro, e 2025. O time pega na semifinal do torneio da Fifa deste ano o vencedor dos embates entre Al Ittihad, Al Ahly ou Aucland City no dia 18 de dezembro (segunda) às 15h. 

Kennedy afirmou que esse foi o gol mais importante da vida dele: “Estou muito feliz. É o gol mais importante da minha vida até o momento. Esperei isso muito tempo, hoje veio, graças a Deus”, afirmou para o Globo Esporte. 

Já o técnico Diniz contou na coletiva que mesmo se não fosse campeão continuaria trabalhando firme: “Os campeonatos acabam e a vida continua. Campeão é quem melhora constantemente e consegue suplantar as críticas fáceis. Quem sabe o que se passa está dentro, quem está fora vê miragem. Um resultado não apaga o que acontece dentro dos muros do CT.” 

Ele também revelou sobre o conceito de campeão:  “O que eles chamam de Dinizismo, enquanto eu estiver trabalhando vou continuar seguindo minhas convicções. Minha maior convicção é fazer tudo pelos jogadores. O que eu falaria para o Diniz de ontem, de hoje e de amanhã, eu não considero uma pessoa que é um grande campeão só porque ganhou um título.” 

No caminho até a taça, o tricolor passou por River Plate, The Strongest e Sporting Cristal na fase de grupos. No mata-mata eliminou Argentinos Juniors, Olímpia, Internacional e Boca.

Resultado aumenta o dissabor do Boca, pois o periodo de jejum de títulos do time azul agora chega a 17 anos. Além disso, o então bicho papão perde a terceira final que disputa depois do hexa em 2007:  Corinthians (2012), River (2018) e Fluminense (2023). 

1º TEMPO 

Fluminense começou mais incisivo e teve incríveis 80% de posse de bola. Problema que encontrou uma zaga muito fechada. Até parecia que o Tricolor conseguiria sair do sufoco, mas, depois da primeira metade, o Boca obteve melhores chances. Em uma delas, Cavani teve a oportunidade de finalizar, porem errou o passe para Merentiel.  

Só que no vacilo defensivo dos Xeneizes saiu o gol. Aos 35,  Keno fez boa jogada e cruzou para Cano livre, da marca penal, balançar a rede. Era o gol que abriu o caminho e fez o Maracanã delirar 

No restante da primeira etapa, ainda deu tempo para Felipe Melo roubar a bola e servir Marcelo, que chutou longe do gol. 

2º TEMPO 

Time carioca teve inúmeras possibilidades de matar a partida, mas não conseguiu ser efetivo. E como toda decisão de Libertadores foi tensa e com muitas faltas. Tanto que Figal derrubou o Arias de forma dura. 

Boca conseguiu avançar para tentar o empate. Pol Fernandes pegou a sobra e fez Fábio trabalhar. Depois, aos 26, Advincula recebeu na lateral de área, cortou Marcelo e bateu da entrada da área para empatar o jogo.  

Com resultado, Diniz colocou Kennedy, que bagunçou com jogo. No seu primeiro lance, atacante bateu forte, mas a bola desviou e ficou fácil para Romero. Na sequência, ainda deu tempo para o Fabra bater colocado para fora e assustar todo mundo. 

Aí no último lance, Lima acionou Diogo Barbosa, que teve a bola do jogo. Ele poderia ter batido forte ou cruzado para Ganso ou Keno. Entretanto,  Fez a pior escolha: um chutamento fraco para fora e, assim, levou jogo para prorrogação. 

PRORROGAÇÃO 

Time carioca começou melhor. Tanto que Keno cortou para direita e bateu bonito para boa defesa de Romero.  

E aos nove da primeira etapa, saiu gol do título. Numa linda troca de passes, Diogo Barbosa acionou, Keno, que serviu Kennedy. De primeira, da entrada da área, o atacante bateu forte no canto.  

No final do primeiro tempo, Boca reclamou de um pênalti quando o Guga caiu com o braço em cima da bola. No tumulto, Fabra deu um tapa no rosto e, depois de revisão no VAR, foi expulso. 

Na última etapa, Beneddeto e Zarati fizeram Fábio trabalhar com chutes da entrada da área. E aos oito, Arias deu um bolão para o Guga matar o jogo: só que tirou do goleiro e acertou a trave. Depois, time argentino teve mais posse, mas não criou nenhuma chance aguda. 

PROXIMOS CONFRONTOS 

Campeão, Fluminense pega o Internacional na próxima quarta, às 19h, no Beira-Rio, pela 33ª rodada do Brasileirão.  Boca visita o San Lorenzo, na quarta, às 19h, pela 12ª rodada da segunda fase do Campeonato Argentino. 

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