Idealizada em 1973 pelos Estados Unidos com parceria com a Europa, planejavam enviar ao espaço uma estação espacial permanente para substituir a temporária Skylab. Os EUA estavam com recursos limitado após os gastos com o programa Apollo, que levou astronautas à Lua até 1972, assim, durante a criação de um novo ônibus espacial, buscou parcerias na Europa para cobrir os custos de uma estação modular permanente. Diversos testes diretamente no espaço foram iniciados em 1983, porém, no ano seguinte, a confiança na NASA foi afetada após o desastre do ônibus espacial Challenger, o que atrasou os prazos do programa.
Mesmo com problemas, o desejo de colocar em prática o programa continuou e trouxe interesse de diversos outros países como Canadá, Japão, Brasil e a Agência Espacial Europeia, composta por Reino Unido, França, Alemanha, Bélgica, Itália, Holanda, Dinamarca, Noruega, Espanha, Suíça e Suécia. Em 1988, EUA e Rússia concordaram em colaborar com a estação multinacional.
Em 1998, recebeu as primeiras peças e, dois anos depois, recebeu os primeiros hóspedes e começou a ser habitada de modo contínuo. Desde novembro de 2000, foi habitada por 241 pessoas de 19 países, sendo os primeiros Bill Shepherd (EUA), Yuri Gidzenko e Sergei Krikalev (Rússia) e, em 2006, o Brasileiro Marcos Pontes.
O período de estadia na estação costuma ser de seis meses, com aproximadamente 160 horas de trabalho por semana com uma equipe de 6 pessoas. Além dos experimentos nos laboratórios, eles também realizam caminhadas espaciais.
Um dos estudos mais importantes é sobre os efeitos da gravidade no corpo e psicológico humano, permitindo estudar doenças e efeitos a longo prazo da estadia do homem no espaço como perda óssea, muscular e mudança de fluido - importante para saber como enviar astronautas com segurança em jornadas mais longas e para para o tratamento de doenças também na Terra, como Alzheimer, Parkinson, asma, câncer e problemas cardíacos.
Outro estudo é o experimento BioAsteroid, que estuda como os micróbios que crescem na superfície de rochas podem decompô-las e extrair minerais. A expectativa é que, um dia na Lua, os micróbios possam transformar rochas em solo a fim de cultivar plantas e alimentos.
A estação também rastreia todos os continentes 16 vezes por dia com seus 28 mil km/h, assim, tira fotos únicas do nosso planeta e assim, se torna possível “estudar nossa agricultura, clima, distúrbios meteorológicos, mudanças geográficas, vida marinha e terrestre etc." diz Laura Forzcyk, diretora da consultoria espacial Astralítico em entrevista para a BBC.
O furacão Zeta foi fotografado da Estação Espacial Internacional como a tempestade de categoria dois que atingiu o Golfo do México, perto da Louisiana. 2018
Críticas
Segundo a Nasa, até 2014 teriam investido em torno de US$ 75 bilhões na EEI, e que a agência deve investir até US$ 4 bilhões anuais. Esses valores são questionados se realmente valeram a pena pelo resultado que trazem. Diversos cientistas dizem que os resultados científicos das pesquisas são simples e não respondem ao bilhões de dólares investidos, além disso, dizem que o projeto seria muito mais barato se fosse uma estação não tripulada, pois nem sempre os astronautas realizam pesquisas.
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