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22/04/2021 às 11h51min - Atualizada em 22/04/2021 às 10h46min

Possível origem do alfabeto é descoberta em Israel

O chamado "elo perdido" é um pedaço de argila, cuja inscrição vem do século XV a.C.

Paulo Marques Pinto - labdicasjornalismo.com
Informações do site Tecmundo.
Foto:Academia Austríaca de Ciências - Antiquity / Reprodução

Você sabe como surgiu o alfabeto? A resposta pode ser obtida no chamado “elo perdido”, um fragmento de argila, onde, possivelmente, foi escrito o nome de uma pessoa por volta de 1450 a.C. A descoberta é atribuída a arqueólogos em uma antiga cidade bíblica de Israel, mais precisamente numa antiga fortificação da região de Tel Lachish, em Israel.

O resultado foi publicado na quinta-feira, 15 de abril, na revista científica Antiquity. De acordo com a Bíblia, a cidade também é chamada Laquis, a qual os hebreus destruíram ao chegarem a Canaã, depois de caminhar por quarenta anos, já libertos da escravidão no Egito.

O arqueólogo austríaco Felix Höflmayer, autor principal da pesquisa, afirma que a inscrição tem a data segura mais antiga do sul do Levante, região do Oriente Médio, e indica um momento na evolução do alfabeto até então sem resposta.

O objeto em questão trata-se de um caco da borda de uma tigela importada do Chipre, o qual mede quatro centímetros. Por dentro, várias letras em tinta escura na diagonal. Por fora, um padrão angular escuro. Aquelas letras parecem os hieróglifos egípcios já existentes. Tal comparação permitiu traduzir a inscrição, que pode significar “escravo”, e parte do nome, “néctar” ou “mel”.

Na verdade, esse padrão de alfabeto escrito vem dos cananeus, população de fala semítica que trabalhava em minerações na Península do Sinai, no Egito, por volta de 1982 a.C. a 1802 a.C. A escrita se espalhou para a região do Levante, na época conquistada pelos egípcios. Mas, de acordo com Höflmayer, aquele alfabeto primitivo já estava estabelecido antes, o que se explica a partir da análise com técnicas de datação por radiocarbono.

As escavações começaram nas décadas de 1970 e 1980, mas foram retomadas em 2017 com a finalidade de “aprofundar a compreensão dos estratos da Idade do Bronze Médio e Final”. Já o “elo perdido” foi encontrado no ano seguinte, em Sefalá, centro-sul de Israel.

 


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