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25/06/2021 às 10h21min - Atualizada em 22/06/2021 às 09h27min

Os desafios dos microempreendedores para conquistar espaço no mercado de trabalho

Rafaela Moreira - Editado por Letícia Agata
Superintendente de Serviço Brasileiro de apoio as Micro e Pequenas Empresas no Pará (SEBRAE-PARÁ), Receita Federal, Barbosa filho, Fernando de Holanda A Crise Econômica, GEM, Global Empreendedorismo no Brasil
Rafaela Moreira
Mesmo diante dos altos números de desempregados no Brasil, quem conseguiu se manter no mercado de trabalho ao longo da pandemia de Covid-19 encontra novos desafios diariamente. O empreendedorismo é a capacidade e a disposição de identificar problemas através da criatividade e planejamento, colocando em prática soluções inovadoras. Essas soluções devem gerar mudanças a um nicho de mercado ou empreendimento que causem impacto positivo na sociedade e no dia a dia das pessoas.

Apesar das dificuldades econômicas, em especial impostas pela pandemia de Covid-19, o empreendedorismo cresceu entre os paraenses. Segundo apontam os dados da Receita Federal, ao todo o Pará ganhou mais de 42 mil microempreendedores individuias, os MEIs. Este número representa um crescimento, mesmo com a crise sanitária global, que fechou negócios e diminuiu a renda das famílias brasileiras.

O crescimento de microempreendedores deu-se devido à necessidade da população garantir sua própria renda. Por conta da pandemia de Covid -19 e da crise econômica, muitas pesoas acabaram perdendo seu emprego. Por outro lado, algumas pessoas que já queriam montar o seu próprio negócio se sentiram mais motivadas. O superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Pará (SEBRAE-PA), Rubens Magno, afirma:

 
"A maioria dos empregos, 98%, está nos microempreendedores. Os MEIs, por exemplo, podem assinar carteira de trabalho, o que significa oportunidade. Outros tipos de EPP (Empresas de Pequeno Porte) e ME (Microempresas) também têm trazido um número considerável de novas condições para o mercado de trabalho, ressalta".

Daniela Moreira, proprietária do Ateliê Laços de fita, afirma:
 

"O empreendedorismo entrou na minha vida quando eu quis ter o meu próprio negócio. Comecei a pesquisar algo que eu gostasse, e assim veio a idéia do Ateliê. Hoje um dos maiores desafios de ter seu próprio negócio é conseguir sobreviver com a crise devido à pandemia de Covid- 19. Com isso surge a dificuldade de se manter, devido ao aumento da matéria prima base para confecção, como tecidos e aviamentos. No Pará, o Governo do Estado criou o Fundo Esperança para ajudar o microempreendedor na pandemia. Essa iniciativa foi positiva, devido aos juros serem bem baixos, e negativa, pois bem poucos microeemprededores conseguiram essa ajuda do Governo. Com isso, muita gente não conseguiu se manter no mercado".


Daniela, também destaca sobre incentivar a Pequena Empresa com empréstimos com juros baixos. O fato de as empresas se manterem e ter capital de giro é importante não só para aquecer a economia, mas também para gerar empregos. O último ano foi um ano de muitos desafios para os trabalhadores que precisaram se reiventar.

Vale ressaltar que a crise provoca oscilações e mudanças inesperadas no mercado como um todo. No entanto, é necessário que o microempreendedor esteja atento a essas mudanças no sentido de desenvolver estratégias e um planejamento adequado, pois um negócio bem ajustado e excutado de maneira adequada permite que a possibilidade de ter sucesso seja maior, reduzindo os efeitos da crise sobre o empreendimento e sendo um diferencial para os negócios, na busca de aumentar seu crescimento no mercado, fidelizar e conseguir novos clientes. 
A essência do empreendedorismo está na percepção e no aproveitamento das novas oportunidades no âmbito dos negócios. 


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