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20/12/2021 às 15h45min - Atualizada em 28/11/2021 às 20h00min

Pfizer solicita à ANVISA o uso definitivo da vacina contra Covid-19 para crianças

De acordo com o pedido da farmacêutica, a dosagem da vacina para a faixa etária será ajustada e menor que aquela utilizada por maiores de 12 anos

Leonardo Pereira - Editado por Ynara Mattos
*Com informações de FDA e ANVISA
Divulgação/Prefeitura de Fortaleza
O consórcio Pfizer-BioNTech solicitou à ANVISA o uso do imunizante para crianças de 5 a 11 anos. A agência de vigilância sanitária recebeu o pedido em 12 de novembro, e tem até 30 dias para dar um parecer final.

A vacina da Pfizer/BioNTech contra o coronavírus, está registrada no Brasil desde 23 de fevereiro deste ano. O registro inicial contemplou pessoas com mais de 16 anos. Em 11 de junho, a Anvisa autorizou a inclusão da faixa etária de 12 a 15 anos.

Segundo a ANVISA, o pedido da farmacêutica propõe ter frascos diferentes em comparação ao que é aplicado em adolescentes acima dos 12 anos. Segundo a empresa, os frascos serão diferenciados pela cor.

No fim de outubro, a agência reguladora dos Estados Unidos (FDA, sigla em inglês) autorizou o uso emergencial da vacina contra a covid-19 da Pfizer/BioNTech para crianças de 5 a 11 anos. Em anúncio, a FDA reforça que a vacina tem 90,7% de efetividade, é segura. A segurança foi estudada em cerca de 3.100 crianças da faixa etária que receberam o imunizante e nenhum efeito colateral grave foi detectado. Além dos Estados Unidos, Israel e Canadá também aprovaram a imunização de crianças com a vacina ComiRNAty.

A Europa também deu um passo firme na proteção das crianças contra a COVID-19. A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, sigla em inglês) aprovou na última quinta-feira (25) o uso da vacina da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19 para crianças da mesma faixa etária. A aprovação final ainda depende da Comissão Europeia.


'NÃO VEJO A HORA DE VACINAR MINHA FILHA'

Nathália Mendonça, contadora e mãe de uma criança de 6 anos credita o retorno gradual das atividades ao sucesso da vacinação completa em mais da metade da população brasileira e diz que estar bastante ansiosa para vacinar sua filha.
 

“Com o retorno gradual das atividades diárias percebemos que o mérito pode ser dado a vacinação que vem tido seu ciclo completo em mais da metade da população. Não vejo a hora de também conseguir vacinar minha filha de 6 anos, a única que ainda não recebeu imunizante na nossa casa.

Mendonça também pontua que é importante os estudos, assim como o apoio de pediatras e infectologistas na vacinação das crianças, e defende a vacinação para todos.
 

“É legítimo o apoio de pediatras e infectologistas pois favorecem maiores estudos e dedicação em se inteirar mais sobre possíveis contraindicações.Defendo a vacina para todos e desejo que possamos também imunizar nossas crianças. A maior parte delas portam o vírus sem nenhum sintoma visível, contribuindo para transmissão e dificultando o controle da doença. ” — conclui


SEGURANÇA













Muitas dúvidas pautam o debate entre pais e responsáveis acerca da vacina e gerado certo receio, quanto à proteção e segurança do imunizante. Apesar de que o SARS-CoV-2 já vitimou mais de 2400 crianças no país, além dos efeitos da Covid longa e hospitalizações que podem ser evitados e minimizados com a vacinação.

Para Mellanie Dutra, Biomédica, Doutora em neurociência (UFGRS), e coordenadora da Rede Análise COVID-19, é seguro sim, vacinar as crianças, considerando os dados já publicados sobre a segurança, proteção e eficácia atribuídos a vacina.

 

“Já temos dados publicados na New England Journal of Medicine (NEJM) mostrando o perfil de segurança e proteção conferido por essa vacina. Recentemente, um dado dos EUA apontou que nenhum caso de miocardite reportado, por exemplo, foi observado em uma população de mais de 3 milhões de crianças (5 a 11 anos) imunizadas” , conclui.

Apesar do anúncio da Pfizer sobre o ajuste dosagem da vacina para crianças ser menor que aquela utilizada por maiores de 12 anos, assim como está ocorrendo nos outros países que já aprovaram o imunizante para o público infantil, a coordenadora da Rede Análise COVID-19 explica que isso não afeta a eficácia da vacina nos pequenos.

Essa resposta com 1/3 da dose aplicada em indivíduos mais velhos desencadeia uma boa resposta imunológica nas crianças. Estima-se que a resposta seja equiparável com a recebida por indivíduos de 16 - 25 anos, por exemplo — finaliza Dutra


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