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15/05/2022 às 12h10min - Atualizada em 14/05/2022 às 12h39min

Projeto garante atenção à saúde mental nas escolas

Aprovado no Senado Federal a Política Pública de Atenção Psicossocial à Comunidade Escolar

Rafaela Moreira - Editado por: Gabriela Gouveia
Psicopedagoga e Orientadora de pais Larissa Lagreca, Projeto pelo Senado Federal que institui a política Nacional de atenção Psicossocial nas escolas, Organização Mundial de Saúde (OMS)
Nova Escola
Os dois últimos anos em especial desafiaram a comunidade escolar a se adaptar às condições do ensino remoto e retornar o presencial, com prejuízos à saúde mental de professores, funcionários, estudantes e familiares. O Projeto de Lei 3383/21, que institui a Política Nacional de Atenção Psicossocial nas Comunidades Escolares, foi aprovado pelo Senado Federal e cada escola terá o prazo de sessenta dias, após publicado a Lei, para criar um comitê Gestor da Rede de Atenção Psicossocial. 
A Psicopedagoga Larissa Lagreca defende a urgência de se investir mais em saúde mental nas escolas, pois os principais danos à comunidade na pandemia foram o atraso escolar, depressão, ansiedade, abusos físicos e psicológicos e também a diminuição da renda de alguns professores e funcionários, principalmente de escola privada. As escolas podem trabalhar esse desenvolvimento da saúde mental através de projetos em grupo, roda de conversa e assistência individual. Mas, para isso, os profissionais do projeto deverão ter um olhar atento para as questões do grupo escolar. "Acredito também quem em alguns casos, a visita domiciliar é importante." - ponderou.

As principais queixas que a profissional recebe em consultório são de mães que relatam o medo que as crianças mais novas têm em relação às pessoas, com comportamentos que envolvem chorar ao chegar em lugares de grande circulação. "Acredito que parte disso se deu devido ao isolamento social. Portanto, atualmente já podemos proporcionar uma maior socialização dessas crianças e começar a diminuir esse medo. Outra questão que eu acho válida em relação ao projeto, é o maior interesse do Governo em relação ao ambiente escolar, pois vemos que há uma porcentagem grande de alunos que não foram alfabetizados e profissionais que desenvolveram ansiedade, síndrome do pânico e depressão." - aponta Larissa.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta: 1 (um) em cada 5 (cinco) adolescentes enfrentará problemas de saúde mental, cujos os casos cresceram  exponencialmente nos últimos vinte e cinco anos. Em alta em todo o mundo, os casos ainda são um tabu. A maior parte, porém, não é diagnosticada ou tratada. Na escola, problemas de saúde mental podem piorar o desempenho e ampliar a evasão escolar. Embora a capacitação de professores seja uma medida importante, a saúde mental ainda está fora da formação. Na classe de trinta alunos, estima-se que entre três e cinco terão problemas de saúde mental, incluindo transtornos de ansiedade, depressão, déficit de atenção e hiperatividade.

A instituição de uma política de atenção à saúde mental voltada para as escolas fará com que o tema entre em evidência, pois saúde mental deve ser debatido ao longo de todo ano sempre de maneira humanizada e individualizada. Indivíduos diferentes são afetados de maneira diferente, requerendo das políticas públicas a sensibilidade para encontrar as melhores soluções para a sociedade, que deve ter acesso a pscólogos ou psiquiatras. O cuidado das escolas, juntamente com a familia não se limita ao aprendizado, proporcionando o bem estar e desenvolvimento da criança, funcionários e família.
 
 
 

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