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08/06/2019 às 20h35min - Atualizada em 08/06/2019 às 20h35min

Sem Marta, Brasil estreia na Copa do Mundo entre pressão e esperança 

Seleção encara a Jamaica para encerrar seu jejum de vitórias no ano e enfim conquistar o torneio mundial; Globo, Band e Sportv transmitem o jogo    

Paulo Octávio - Editado por Amanda Cruz
Jogadoras da Seleção Brasileira. Foto: Divulgação/CBF
As ruas não estão pintadas. O clima não é de festa e união nacional, mas o Brasil estreia na Copa do Mundo de Futebol Feminino, neste domingo (09), às 10h30 (horário de Brasília). O time feminino encara a Jamaica, em Grenoble na França, à procura de sua primeira vitória no ano. A Seleção está pressionada devido as nove derrotas seguidas. O último triunfo foi o 3 x 0 frente à Colômbia em 22 de abril de 2018, pela Copa América. Já no torneio She Believes, o Brasil perdeu todas as partidas. 
  
A equipe também sofreu com o corte de três jogadoras para o torneio: a meio-campista Adriana, a lateral Fabiana e a zagueira Erika foram cortadas devido a contusões. Daiane, do PSG, reforça o elenco. Marta, uma das estrelas da equipe, não vai para o jogo, pois ainda se recupera de uma contusão na coxa. Nessa semana, a alagoana vinha sendo poupada de atividades com bola. Além disso, a atleta está próxima de uma marca histórica: se fizer dois gols na competição, vai se tornar a maior goleadora de todas as Copas entre homens e mulheres - superando Klose, da Alemanha, que marcou 16 vezes. 
  
A Seleção vive um misto de sensações para esse torneio. Jogadoras demonstram felicidade por esse ano a Copa ter uma grande divulgação. Mais de 135 países assistem o evento que pode ter audiência de um bilhão de pessoas. Mas há um clima de fim de ciclo. Cristiane disse, em entrevista ao Globo Esporte, que sua geração está encerrando um ciclo e que essa é a última chance dela e de suas companheiras ganharem uma Copa.    
 “Sempre tem uma pressão quando disputamos a Copa, de ter que trazer o título, ter que ganhar. Isso sempre existiu. Mas, para mim, é muito bacana disputar. Vai ser a última Copa para mim, não sei para a Marta. Mas temos que tentar contribuir enquanto estamos aqui. Vai ser a nossa última busca pelo sonho. Meu, da Formiga, dessa geração que está terminando”, disse. 
 Há também o desejo de redenção. A atacante também falou em virar a página. A derrota para Alemanha, na final da Copa de 2007, ainda está engasgada. Mesmo não sendo um 7 x 1, o placar de 2 x 0 escancarou a falta de planejamento e de apoio a Seleção e a categoria no Brasil. De lá para cá muita coisa mudou. O Brasil tornou-se o país com mais títulos na Libertadores feminina (seis títulos em dez edições do torneio) e foi criado o Campeonato Brasileiro de duas divisões. Isso por causa da Conmebol que obriga as equipes participantes do torneio continental masculino a ter um time feminino. E também muitas jogadoras saíram do país em busca de melhores oportunidades.  
  
Ainda existe um grande abismo entre os valores recebidos pelos homens e pelas mulheres. A França, atual campeã do mundo, recebeu 38 milhões de dólares em premiações pelo título. Já a seleção feminina que vencer o mundial obterá 4 milhões. Bem menos que os 9,5 milhões destinados as equipes participantes do mundial masculino.  
  
E tem novidade na telinha. Essa será a primeira vez que a TV Globo transmite o evento. A emissora escalou seu principal narrador, Galvão Bueno, para a estreia. E a cobertura terá um time de mulheres: Ana Thais Mattos e Nadja Mauad estarão nos comentários. Carol Barcellos e Lizandra Andrade nas reportagens. A Band e Sportv também mostram a Copa, não apenas as partidas do Brasil. 
    
As adversárias serão as jamaicanas que estreiam na competição. Elas foram ajudadas pela Cedella Marley, filha de Bob Marley, que investiu no time após o governo local ter bloqueado apoio financeiro. Brasil e Jamaica já se enfrentaram nos Jogos Pan-Americanos de 2007. Naquela oportunidade, a nossa seleção bateu as Reggae Girls por 7 x 0. 
  
Provável escalação do Brasil: Bárbara (1); Leticia S. (13), Kathellen (14), Mônica (21) e Tamires (6); Thaisa (5) e Formiga (8); Andressa Alves (7), Debinha (9), Bia Zaneratto (16) e Cristiane (11). Técnico: Vadão
 
Provável escalação da Jamaica:  Schneider, Bond-Flasza, A. Swaby, Plummer, Blackwood; C. Swaby, Solaun, Asher;  Carter, Shaw e Matthews. Técnico: Hue Menzies
 
Árbitra: Riem Hussun (Alemanha)
 
Árbitra de vídeo: Bastian Dankert (Alemanha)

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