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29/07/2021 às 17h38min - Atualizada em 17/07/2021 às 16h34min

John Hughes deixa legado em temáticas adolescentes

Diretor de clássicas comédias românticas dos anos 80 reinventou a estética juvenil da época

Gabriel Ferreira - Revisado por Damáris Gonçalves
Foto: Divulgação

Quem nunca sonhou em fazer tudo que gostaria em um único dia ou até mesmo em querer conquistar o garoto ou garota mais popular da escola? Para o diretor, produtor e roteirista estadunidense John Hughes (1950-2009), tudo isso era possível por meio de seus lendários filmes produzidos entre as décadas de 1980 e 1990. Afinal, Hughes compreendeu como ninguém a síntese de ser adolescente, abordando os problemas sociais enfrentados pelos jovens em sua transição para a idade adulta. De forma leve e aprofundada troxe algo que parecesse real e por vezes bem sincero, por mostrar uma dura realidade. 


 

Embora tenha garantido reconhecimento em trabalhos como produtor e roteirista de comédias como “Beethoven” (EUA, 1992 - Dir. Steven Jacobs) e “Esqueceram de Mim” (EUA, 1990 - Dir. Chris Columbus), Hughes obteve êxito em seu legado, por meio de enredos que procuravam destacar diversos temas dentro do mundo adolescente e seus conflitos existentes até hoje. Prova disso, são alguns de seus longas metragens, que muitas das vezes eram baseados em sua vida pessoal como “Curtindo a Vida Adoidado” (EUA, 1986). O filme conta a história de um garoto que planeja fugir de suas responsabilidades e pressões da vida, apenas para curtir um dia feliz com o seu melhor amigo e a sua namorada.

Ainda na sua metodologia de amadurecimento, Hughes garantiu que novas obras pudessem simbolizar o jovem como ele realmente é. “O Clube dos Cinco” (EUA, 1985), por exemplo, ressalta a união e compreensão entre os diferentes estereótipos de uma escola; do valentão ao nerd, e da patricinha à gótica, além da sua humanização frente ao público. Enquanto em “Gatinhas e Gatões” (EUA, 1984), o seu primeiro filme a ser dirigido, descreve sobre uma menina que faz de tudo para ser percebida pelo menino mais "gato" da escola, apesar de toda a sua timidez.

Apesar do público jovem ter como referência os filmes de super-heróis na atualidade, Hughes continua influenciando por meio de suas temáticas atemporais relatando como o adolescente é. e a busca para lidar com os problemas sociais a sua volta. Ainda é possível ver filmes e séries que retratam sobre o amadurecimento, um exemplo disso, é a série da Netflix “Eu Nunca” (EUA, 2019). Ela narra a história de uma adolescente não popular, que tenta fazer de tudo para mudar o status, a ponto de colocar a sua vida em risco. Em seu enredo, observa-se temas clichês e habituais aos filmes de Hughes, como o anseio em conquistar o menino mais bonito da escola, a rivalidade com outro colega de classe, os desentendimentos com os pais e amigos por motivos sem relevância e o famoso final feliz. O final bem resolvido pode ser algo aguardado ou até mesmo repentino para o público que consome a obra, e de novo, tudo visto por uma ótica humana e relacionável, traços comuns aos filmes de Hughes.
 

É possível afirmar que John Hughes deixou um vasto legado para o público. Em especial, os jovens desfrutam desse legado, a fim de trazer esperança nas situações mais difíceis. Estes filmes fazem com que eles sintam-se aceitos, a partir do momento que seus problemas e esquisitices pessoais são compartilhadas com outras pessoas através de seus personagens. Isso desperta o sentimento de serem compreendidos, sempre com o objetivo de certificar a essencialidade da juventude para a sociedade. Como dizia Ferris Bueller, icônico personagem no filme “Curtindo a Vida Adoidado”:

“A vida passa rápido demais e se você não parar de vez em quando para vivê-la, acaba perdendo seu tempo.”

 
 

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