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07/08/2021 às 00h35min - Atualizada em 07/08/2021 às 00h15min

Estados Unidos impõem novas sanções à Cuba

As sanções dos EUA à Cuba têm histórico de seis décadas

Daniel Souza Lopes - Editado por Maria Paula Ramos
Foto: Anna Moneymaker/Getty Images
No dia 22 de julho, os Estados Unidos impuseram sanções contra o ministro das Forças Armadas Revolucionárias, o general Álvaro López Miera, e à unidade de segurança do ministério do interior por supostos abusos de direitos humanos na contenção dos protestos, contra o governo no início de julho. A escassez de alimentos e a falta de vacinas contra a covid-19 foram os principais motivos dos protestos.

Em uma postagem no Twitter, o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, classificou as sanções como “infundadas e caluniosas”.

Com essas sanções, os Estados Unidos se distanciam mais ainda da aproximação histórica iniciada na administração Obama e deteriorada pela de Donald Trump. Em um comunicado, o presidente Joe Biden afirmou que este é só o começo e que os Estados Unidos continuarão punindo os indivíduos responsáveis pela opressão do povo cubano.

O histórico de sanções impostas pelos Estados Unidos à Cuba é antigo. Desde 1960, quando o então presidente Dwight Eisenhower impôs uma redução das importações de açúcar cubano e um embargo comercial parcial, antes de cortar relações diplomáticas com a ilha. O embargo total, com exceção de alimentos e remédios, veio dois anos depois, em 1962, sob a administração de John F. Kennedy. O impacto destas sanções foi devastador para Cuba. Em 1959, 73% das exportações da ilha eram destinadas aos Estados Unidos e 70% eram importações de lá.

Em 1989, durante o governo de George H. W. Bush, a Lei Torricelli ou Lei de Democracia Cubana foi aprovada. A Lei apertou ainda mais a situação cubana. A norma proibiu subsidiárias de empresas norte-americanas em outros países à negociar com Cuba e proibiu também a viagem de cidadãos norte-americanos ao país. Em 2009, o presidente Barack Obama afrouxou essas restrições e permitiu que cidadãos cubano-americanos viajassem livremente para Cuba.
 
Novas sanções são anunciadas
 
“Os EUA condenam as detenções em massa, e os julgamentos simulados em Cuba e vão continuar punindo os indivíduos responsáveis pela opressão do povo cubano”, afirmou o presidente norte-americano, Joe Biden.

O governo cubano culpa os Estados Unidos de financiarem os protestos de julho, se apoiando na atual crise econômica do país.

Em 30 de julho, o presidente Joe Biden anunciou novas sanções contra Cuba após grupos cubano-americanos e alguns membros do Congresso criticarem a abordagem anterior que classificaram como leve. Desta vez o alvo foi a Polícia Nacional Revolucionária de Cuba.

De acordo com um funcionário do Departamento do Tesouro, o governo anunciará os esforços para melhorar a conectividade com a internet e outros meios para garantir que os Estados Unidos estão apoiando a capacidade do povo cubano de se comunicar e receber informações como algo que deve ser tratado como um direito humano.

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