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02/09/2021 às 13h50min - Atualizada em 02/09/2021 às 13h37min

​O baque dos micro jornais no período pandêmico

Cenário foi obscuro nas editorias: a maioria dos jornais tiveram que demitir ou “atrasar” o pagamento de diversos redatores e jornalistas.

Lucas Munford - Editado por Maria Paula Ramos
Mais de um ano após a pandemia, jornais pequenos da América Latina ainda não conseguiram se recuperar. De acordo com o PwC Global Entertainment and Media Outlook: 2021-2025, a publicidade impressa em jornais na América Latina teve uma queda de 21% de 2019 a 2020.

A problemática também se mantém quando falamos sobre outros negócios: O setor de microempreendedores individuais (MEI) apresentou a maior queda em até cinco anos, segundo a Sebrae. A taxa de mortalidade das pequenas empresas é de 29%.

O cenário

Com o novo coronavírus, a mídia impressa acabou sofrendo uma queda além do esperado: com o sistema de quarentena, os jornais não podiam mais ser entregues fisicamente, o principal meio utilizado para as pessoas estarem informadas tornou-se a web.
No Reino Unido, por exemplo, as principais publicações na web ganharam 6,6 milhões de leitores on-line no primeiro trimestre de 2020, um recorde jamais visto antes.

Na América Latina

O jornal regional de Tarapoto, Voces, localizado na província de San Martín, Peru, teve que interromper a circulação de sua edição impressa devido à queda de anunciantes por conta da paralisação da economia. O jornal precisou se reinventar através da web, oferecendo um PDF para seus anunciantes como uma reinvenção do “original”.

“Continuei fazendo propagandas, esforços com o site, e já tinha clientes com quem conversei e comecei a impulsionar seus artigos, seus anúncios nas redes”, disse Rosali Quevedo, atual gerente da Voces, à  LJR (LatAm Journalism Review).

Os demais micro jornais seguiram a mesma ideia: a maioria optou por um sistema de newsletter (Boletim informativo) on-line para continuarem a oferecer um bom capital de giro.

Olhando pelo lado cheio

Podemos pensar no seguinte: via web as notícias circulam de forma extremamente mais rápida. Seguindo essa afirmação, adotar medidas via web podem não ser tão ruins. Sendo detentora do posto de segundo meio de comunicação mais usado, a internet deve ser utilizada como ela realmente é: o meio mais eficaz quando falamos sobre velocidade de notícias. Também analisando outros dados, a pandemia somente adiantou um processo que teria sido mais lento: o da troca dos veículos impressos pelas informações online. 

Com essa reinvenção os jornais podem ter até mesmo mais facilidade, não tendo mais que publicar correções nas edições e etc. Mas, pela mesma moeda sugem problemas como: disputa mais acirrada pelo público, combate as famigeradas fake news e demais.

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