No último 7 de outubro, o Ministério da Economia cortou em 87% as verbas direcionadas para Ciência e Tecnologia. O investimento contava com mais de R$ 600 milhões. Neste dia, seria votado no Congresso um projeto de lei que abriria investimento para o setor, porém acabou não acontecendo.
Apesar deste corte, o Ministério da Economia conta que em 2022, o orçamento aumentará os recursos para os projetos de pesquisa. Entretanto, várias entidades científicas se manifestaram diante do acontecimento, enviando um apelo ao presidente do senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
A nota dos cientistas, que contam com oito entidades - entre elas a Academia Brasileira de Ciência - , pede a realocação do recurso e alertando também para a ilegalidade feita pelo próprio Governo Federal.
"Apelamos a todos os parlamentares para que seja dado um basta nos desvios de recursos da ciência brasileira. O Brasil precisa de ciência, precisa de tecnologia, precisa de inovação, precisa de educação. E é inaceitável que os recursos destinados para o setor sejam desviados para outras funções, à revelia da legislação", diz a nota.
No domingo (10), o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes se manifestou em seu perfil no Twitter, falando que o corte era uma "falta de consideração"
"Falta de consideração. Os cortes de recursos sobre o pequeno orçamento de Ciência do Brasil são equivocados e ilógicos. Ainda mais quando são feitas sem ouvir a Comunidade. Científica e Setor Produtivo. Isso precisa ser corrigido urgentemente", disse o Ministro.
Já na última segunda-feira (11), foi a vez da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) se manifestar diante do ocorrido. A instituição conta que a agricultura brasileira se tornou muito avançada graças a estes investimentos feitos na ciência.
De acordo com o presidente institucional da Abramilho, Cesario Ramalho, afirmou que os recursos direcionados à ciência faziam da agricultura brasileira ser muito avançada. "Somente novos achados científicos manterão o protagonismo da agricultura nacional”, afirmou.
A nova proposta aprovada pelos parlamentares, mostra que os recursos para a ciência e tecnologia caíram de R$ 655,421 milhões para apenas R$ 7,222 milhões. Sendo apenas 1,10% da proposta original.