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01/11/2021 às 12h08min - Atualizada em 01/11/2021 às 09h00min

Mudanças climáticas: declínio no planeta Terra

O crescente aumento do aquecimento global resulta em diversos desastres ambientais e impacta diretamente na presença de vida do planeta

Clara Beatriz Ferreira - Editado por Manoel Paulo
(Foto: Divulgação/gazetadodia)

Os casos relacionados a mudanças climáticas têm aumentado significativamente ao decorrer dos anos, devido ao aquecimento global. Relatório divulgado pela ONU, afirma que esse número aumentou em cinco vezes nos últimos 50 anos, o que desencadeia desastres ambientais e resulta em perdas trágicas não apenas de fauna e flora, mas também na presença humana das regiões afetadas.

 

As mudanças climáticas se agravaram como consequência de diversos fatores ligados a desmatamentos, queimadas, descartes de objetos de decomposição longínqua em mares e rios, além de liberações excessivas de gases poluentes na atmosfera.

 

No começo do ano passado, fortes chuvas causaram grandes inundações no Brasil. Mais de 60 pessoas perderam suas vidas. Grandes incêndios no Pantanal Mato-Grossense e na região amazônica causaram danos devastadores. E em 2021, enchentes históricas têm afetado muitos países, como Alemanha, Bélgica, China e Holanda.

 

Mesmo com a pandemia e os planos de luta contra essas mudanças do planeta, o efeito estufa obteve um acúmulo em níveis nunca vistos antes pelo ser humano, pois apesar da interrupção mundial das atividades dinâmicas de emissões poluentes por conta do período pandêmico, a presença desses três compostos na atmosfera cresceu em 2020.

 

De acordo com Petteri Taalas, secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM) se a concentração do dióxido de carbono continuar a subir dessa maneira, dada a longa vida do CO2 na atmosfera, a temperatura global continuará subindo, mesmo se as emissões forem rapidamente reduzidas à zero.

 

O boletim anual da OMM, ainda ressalta uma análise realizada sobre a Amazônia, onde mostra que essa região deixou de ser um sorvedouro de carbono para se tornar uma fonte de emissões. Se o problema com os ralos terrestres e marítimos se acentuar com a perda de sua capacidade de absorção do dióxido de carbono, ficará ainda mais difícil cumprir as metas do Acordo de Paris.

 

Outros gases do efeito estufa apontados no alerta são o gás metano (CH4) 262% mais alto e o óxido nitroso (N2O), 123% que continuam em crescimento desde a Revolução Industrial, no século XIX, quando o ser humano começou a usar de forma maciça os combustíveis fósseis que majoritariamente liberam esses gases.

 

Segundo os resultados referentes às pesquisas científicas do Nature Climage Change, dados mostram que a influência do aquecimento causado pelo homem na temperatura média e nas chuvas já pode ser sentida por 85% da população mundial e 80% da área mundial.

 

Os resultados também destacam uma “lacuna de atribuição” entre os países do norte e do sul globais, devido à relativa falta de pesquisas sobre os impactos do clima em países menos desenvolvidos.

 

Os aumentos excessivos desses gases provocam uma reação em cadeia, que resultam em eventos climáticos extremos como aumento do aquecimento planetário, secas e chuvas intensas, derretimento do gelo, aumento do nível do mar e acidificação dos oceanos.

 

Dessa forma, também contribuem na perda de cerca de 4% a 41% do habitat natural dos animais, cerca de 3% a 63% de probabilidade de um verão sem gelo no Ártico, aumentos de 16 a 41 vezes a mais na temperatura dos mares, uma duração média prolongada das secas em um período de 10 meses, e além do aumento dos incêndios florestais que podem atingir de 41% de uma área até 97% da mesma.

 

O aumento da temperatura térmica do planeta condiciona a vivência humana, mas ainda há chances de reduzir os impactos devastadores. É necessário que os países revisem os itens relacionados ao Acordo de Paris, e tomem atitudes para uma década de transformação. Caso contrário o planeta estará fadado à mudanças irreversíveis.


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