"O sistema brasileiro de ensino peca quando vemos que cerca de 1,7 milhões de jovens entre 15 e 17 anos estão fora da escola. Sua captação não é 100% efetiva, pois vemos que muitos alunos hoje, se quer não têm acesso ao ambiente escolar". Cursino também cita que o que desencadeia os ataques contra os profissionais de educação é como o aluno é tratado em casa, muitas vezes interfere no entendimento do aluno em um espaço com regras. Visto que o aluno é chamado a atenção no ambiente escolar e não aceita e rebate, isso pode ser resultado da forma com que o aluno é tratado em casa. "
Já a professora Geovana Pereira, diz: "O Sistema brasileiro de Ensino vem superando os desafios e prova que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) está realmente presente e a procura de um ensino de qualidade para todas as instituições e faixas etárias".
Quando perguntada sobre a captação efetiva das escolas em seu público alvo, crianças e adolescentes, Geovana complementa: "A captação está sendo bastante efetiva, na atualidade as escolas possuem projetos para proporcionar um ambiente prazeroso e com qualidade, sendo os alunos acolhidos por toda a gestão pedagógica".
Sobre a segurança nas escolas e o que pode ser feito para que o ambiente seja mais seguro e atrativo para a comunidade em que está inserida, Geovana Pereira prossegue:
"Todas as escolas são construídas visando segurança e bem estar do desenvolvimento dos alunos, portanto, a comunidade se faz presente para que em conjunto seja um ambiente seguro e atrativo. Nas escolas também existem protocolos de segurança e projetos para visar a qualidade de ensino".
Segundo o Censo Escolar do Governo Federal existem cerca de 179.533 escolas públicas e privadas de Educação Básica no Brasil. Dados da revista Educação Pública citam quem pelo menos 81% dos estudantes e 90% dos profissionais de educação já souberam de casos de violência em suas escolas. Sendo que as ocorrências mais frequentes de violência envolvem bullying, agressões verbais, físicas e atos de vandalismo.
Ou seja, a violência na comunidade escolar infelizmente é retrato de uma sociedade genuinamente violenta em boa parte do país.
Matheus Cursino ainda cita que: "Projetos como o Aprender+, aulas de música, esportes, reforço escolar, dentre outras atividades poderiam ser oferecidas de forma gratuita e integral, fazendo com que o aluno ficasse mais tempo na escola, tendo em vista que o espaço escolar se tornaria mais atrativo".
Geovana Pereira, que leciona em Taboão da Serra no estado de São Paulo, complementa:
"A violência com os profissionais da educação vem se destacando cada vez mais e isso nos assusta como profissionais da área e para a nossa segurança as estratégias contra esses ataques devem ser revistos, pois o que desencadeia essas ações são bullyings, famílias desestruturadas, convívios com drogas e bebidas. Tanto os alunos devem respeito aos profissionais do âmbito escolar quanto os profissionais para com os alunos, caberá a instituição projetar as medidas para que isso não ocorra. Podendo ser oferecido preparos maiores para os profissionais e até mesmo para os alunos para que essas situações sejam controladas."
O Brasil tem tudo para ser um país referência no que diz respeito a educação básica. Mas isso começa desde os primeiros passos da vida escolar da criança passando por projetos de inclusão social e colaborando assim com a formação de verdadeiros cidadãos de bem, que respeitem, de fato, seus professores e todos aqueles que agem em prol de seu desenvolvimento.