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02/07/2020 às 14h46min - Atualizada em 02/07/2020 às 14h35min

Análise: Temporada 2020 da Fórmula 1 terá início neste domingo na Áustria

Pouco mais de três meses após cancelamento do GP da Austrália, categoria dará início ao campeonato em Spielberg

Felipe Sousa - Editado por Paulo Octávio
Valtteri Bottas (Mercedes) durante o GP da Áustria de 2018 (Foto: AFP)
Equipes e pilotos da Fórmula 1 já estão na Áustria para o início da temporada 2020. Na sexta-feira (3) acontecerão as duas primeiras sessões de treinos livres da temporada. No sábado (4), a terceira sessão de treinos livres e o treino classificatório às 10h00 (de Brasília). Já no domingo (5), a corrida terá início às 10h10 (de Brasília).

Para finalmente poder iniciar a temporada, a FIA  adotou um rígido procedimento para diminuir a chance de contágio por coronavírus no paddock. As corridas não terão  público e haverá redução no número de funcionários das equipes e de jornalistas. Todos que entrarem no paddock devem passar por medição de temperatura e tem que usar máscaras. Também foram modificados protocolos tradicionais como o desfile de pilotos antes das corridas e a cerimônia de premiação no pódio. 

Já se passaram 110 dias desde o cancelamento do GP da Austrália, que abriria a temporada.  Desde então, várias datas do calendário foram adiadas ou canceladas.  Caso dos GP de Mônaco – que não acontecerá pela primeira vez desde 1954 – França, Azerbaijão, Japão, Singapura e Países Baixos. Este último iria reestrear no calendário este ano.

Em 2 de junho, a Fórmula 1 anunciou o novo calendário, com o circuito de Spielberg como sede das duas primeiras corridas – a segunda, marcada para a semana que vem, foi batizada como GP da Estíria.

A expectativa para o começo da temporada não poderia ser maior. Após a grande vitória no ano passado, Max Verstappen e a Red Bull despontam como favoritas para vencerem em casa mais uma vez: "Estamos indo para uma temporada que, na era híbrida, tivemos nossa melhor pré-temporada. Em nosso segundo ano do relacionamento com a Honda, nos sentimos mais integrados, como parte da equipe. E estamos muito, muito animados para correr novamente", afirmou o chefe da equipe, Christian Horner, em entrevista ao Motorsport.com.

O piloto holandês vem sendo apontado por especialistas como o principal adversário de Lewis Hamilton pelo título neste ano. Após dominar os testes de pré-temporada em Barcelona, o inglês agora vai em busca dos recordes de Michael Schumacher. Se vencer o campeonato em 2020, vai empatar em número de conquistas com o alemão. Hamilton, com 84 vitórias, pode passar o alemão, que tem 91.

O inglês virou manchete no período sem corridas especialmente por seu ativismo. Ele se posicionou publicamente a favor das manifestações antirracistas e cobrou postura semelhantes de seus colegas e da categoria. Nas últimas semanas, a Fórmula 1 anunciou a campanha "We Race As One" para estimular a diversidade na categoria. A Mercedes, sua equipe, também realizou ações de conscientização como aumentar a diversidade em seu quadro de funcionários e pintar seus carros de preto como forma de protesto contra o racismo.



Nova pintura da Mercedes em protesto antirracismo (Foto: Divulgação/Mercedes AMG)

Na Ferrari, após uma pré-temporada decepcionante, o staff da equipe espera diminuir a desvantagem para suas concorrentes diretas. No entanto, os italianos não trarão atualizações para as corridas na Áustria, que só serão vistas na terceira etapa do campeonato, na Hungria. "Além do desenvolvimento do carro atual, nas últimas semanas fizemos muito na análise de seu comportamento, com trabalhos de simulação e com a ajuda de nossos pilotos, e acho que isso provará o seu valor na Áustria", disse o chefe da equipe, Mattia Binotto.

Há também a expectativa de como Sebastian Vettel vai se comportar em seu último ano na equipe de Maranello. Com o esforço da equipe concentrado em Charles Leclerc, o alemão poderá correr sem pressão pela primeira vez em muito tempo: “Não é segredo que estamos ansiosos para voltar para a pista, já que já faz muito tempo. No início, a pausa foi agradável, já que normalmente estamos sempre viajando ao redor do mundo e temos pouco tempo para passar com a família e os amigos, mas chegou a hora de voltar para a pista. Estou pronto para dar tudo de mim, mesmo que não seja a mesma coisa sem os fãs lá para nos apoiar”, disse Vettel.

O desempenho da Racing Point, que surpreendeu nos testes de pré-temporada e causou polêmica pela semelhança com a Mercedes W10, também devem chamar a atenção. Assim como Carlos Sainz Jr. e Daniel Ricciardo, protagonistas da dança das cadeiras que movimentou a Fórmula 1 nos últimos meses: enquanto o espanhol deixa a McLaren para ocupar a vaga de Vettel na Ferrari, o australiano substituirá Sainz em Woking a partir de 2021.


 

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